E eu pensei que a FUVEST era uma coisa terrível.

Eu acho que eu faria a FUVEST de boa se fosse necessário. Sério, mesmo. É fácil demais. Estudar todas as matérias chatas - tipo Física e Matemática - é fichinha, uma coisa bem fácil. Entender a diferença entre briófitas e angiospermas também é brincadeira de criança. Entender o que foi a Revolução Russa, então, dá pra fazer de olhos fechados.

Eu estou realmente falando sério.

Eu achei que a FUVEST era uma prova dos infernos, e não estou dizendo que ela não é realmente ruim, à maneira dela. Mas as provas da faculdade conseguem ser piores do que as duas fases da FUVEST.

Eu não acreditava quando me diziam que ela era a última prova fácil da minha vida. Agora eu acredito. Ah, se acredito...

Em tempo: hoje tem prova de Linguística. Se eu conseguir tirar nota 2 nessa prova, vou ser uma pessoa feliz.

Passagem rápida...

Você não pode imaginar o quão terrível pode ser estar amarrado a lembranças tão distantes que poderiam ser tomadas apenas como vestígios de uma vida, mas que estão tão presentes como se tivessem acontecido neste exato minuto.

Sim, e o que me faz me agarrar a elas é o fato de eu não ter mais uma vida – pois ela ficou parada justamente nesta ultima lembrança que ainda me consome. O que se passou depois dela nada tem a ver com uma vida... apenas uma sucessão de batidas de um coração e de golfadas de ar para os pulmões, que já me são completamente indiferentes.

 

Droga, estou fazendo de novo – pegando sentimentos alheios e escrevendo-os como se fossem meus.

Isso não sou eu – é Heathcliff. Sofrendo pela morte de Catherine – em Wuthering Heights (O morro dos ventos uivantes).

Isso quer dizer que estou viva. Mas ainda não escrevo. Rs...