segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018
Descobertas da Semana - #7
segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018
Descobertas da Semana - #6
Poison door - The Sisters of Mercy
Eu já ouvi tudo do Sisters, mas não consigo lembrar de ter ouvido essa música. Well, é Sisters, tem pouca coisa que eu efetivamente não gosto. Essa é basicona, e é boa.
Skeletons - The Sound
Eita baixo bom de ouvir! Tem uma levada gostosinha pra ouvir, parece um pouco Sisters mas sem a guitarrinha característica e sem o vozeirão do Andrew, mas é boa mesmo assim. Curti, vai pra playlist.
Sensoria - Cabaret Voltaire
Eu já ouvi falar dessa banda. Essa música é uma baguncinha bem alegre, vários efeitinhos correndo de um fone pro outro (também, olha o nome da música, né???). Contudo, acho que não ouviria assim com tanta frequência; serve como trilha de fundo pra ouvir os efeitinhos.
What we all want - Gang of Four
Outra música interessante de uma banda da qual eu já ouvi falar, mas ela é sossegada. Essa voz até me lembra um pouco a do Dave Gahan no começo da carreira, mas o instrumental é totalmente outra coisa. Pode fazer companhia pra coleguinha de cima pelo baixo.
Nightmares - A flock of seagulls
Essa banda eu conheço por I run. O que eu pensei, na verdade, foi "nossa, tem um monte de early 80's nessa lista, hein?"... Anyway, pra mim não passou muito disso, os riffs me lembram muito Cure ou coisa parecida. A voz cantando é tão suave que eu tou com medo de me dar sono...
Soluk - She Past Away
Eu tou começando a enjoar dessas guitarras. De qualquer forma, essa música é bem mais dark graças ao vocal. Parece algo que eu dançaria no porão do Madame numa boa.
Psycho killer (acoustic) - Talking Heads
No terceiro "tum" eu reconheci essa música. Nunca tinha ouvido uma versão acústica dela, mas com certeza é muito melhor do que aquela merda que eu ouvi na primeira lista e que tiveram a audácia de chamar de cover.
We want the airwaves - Ramones
Ok, ISSO eu não esperava. Eu já tinha ouvido essa música algumas vezes e nunca tinha me ligado no vocal inconfundível. Ela é bem típica da banda mesmo, bem legalzinha.
Mad world - Tears for Fears
Quando eu descobri que essa música era do Tias Fofinhas eu achei o maior barato, porque essa música é bem mais animada - apesar da letra - do que a versão que a gente conhece, ou a versão com a voz do Gollum. É uma baita música.
The voice - Ultravox
As poucas músicas do Ultravox que eu conheço são legais, e eu tou convencida de que essa é uma delas porque essa levada animada - estamos animados hoje, não é mesmo? - não me é estranha. De qualquer forma, eu colocaria ela como trilha de fundo porque ela é gostosinha mas não passa muito disso.
Somewhere - The Danse Society
O nome dessa banda não me é estranho. A música é bem interessante pra se ouvir em condições preguiçosas (deitada e com a luz apagada). E tem um baixo bem interessante também.
The model - Kraftwerk
Sie ist ein Modell und sie sieht gut aus... ops, foi mal, versão errada. Eu sou suspeitíssima pra falar de Kraftwerk. Ouçam pelo menos essa, eu vos imploro. Kraftwerk é bom pra caralho. Se não quiserem tanto synth, tem a versão do Rammstein com a letra em alemão. MAS VÃO OUVIR KRAFTWERK, DAS IST EIN BEFEHL! ("A queda" mode: off)
Is Vic there? - Department S
Bem tranquila, um rockzinho sossegado. Não me chamou tanto a atenção, mas pode servir como trilha de fundo numa boa.
This big rush - Shriekback
Achei muito smooth, talvez pra relaxar seja uma boa ideia, mas pra ouvir durante o dia não seja uma escolha tão boa. Tá mais pra ambient do que pra qualquer outra coisa.
Cuts you up - Peter Murphy
Essa eu conheço. Mas também pode ser classificada, pra mim, como trilha de fundo, porque o som do Peter Murphy pode ser interessante - como é, mesmo - mas essa em particular é tranquila, dá pra ouvir enquanto faz qualquer outra coisa.
Wise up sucker - Pop Will Eat Itself
Olha, por mais que eu concorde com o nome da banda, eu não entendi como essa música veio parar aqui. Não tem muito a ver com o que tem tocado até agora, e eu sinceramente não tou entendendo é nada.
Making plans for Nigel - XTC
Mais uma que eu não sei como é que veio parar aqui e que pode fazer parzinho com a colega acima.
p.s.: Tenho pena desse Nigel.
My way - Sid Vicious
Essa não precisa de muito pra eu reconhecer. Por mais que eu saiba que a intenção do Sinatra tenha sido muito nobre, essa versão de My way é muito mais divertida na versão do Sid Vicious. \m/
Alsatian Cousin - Morrissey
Olha o doido aí. Acho que essa eu nunca ouvi, apesar de eu gostar bastante da carreira solo do Morrissey. Sou bastante suspeita pra falar dele também.
When it's over - Wipers
O instrumental bem legal, curti. Pra ser sincera eu passei a música inteira esperando que não entrasse vocal porque só o instrumental tava perfeito, ótimo, eu gostei mesmo. Daí lá pro meio da música aparece o vocal, no começo baixo e grave, daí tem uma guitarra distorcida depois de uma nota mais aguda do vocal. Continuou interessante.
Hang on to your ego - Frank Black
Mais um que eu não sei de onde saiu. Não gostei da baguncinha dessa vez. Nem é parecido com o que vinha tocando, muito menos com algo que eu ouviria voluntariamente.
Never say never - Romeo Void
Pode dar as mãozinhas pra colega acima.
She's in parties - Bauhaus
Claro que conheço. Depois que eu descobri a mais famosa do Bauhaus fui atrás de outras. Ela é bem diferente de Bela Lugosi's dead, óbvio, mas é bem legal de ouvir também.
Gloria - U2
Eu não sei por que diabos U2 veio parar nessa lista. Eu gosto especificamente de três músicas do U2 (Numb, Stay e Miss Sarajevo) e não faço muita questão de ouvir qualquer outra. Desta forma, declaro que estou ouvindo essa inteira pela lista, e só. Ela é boa, a voz do Bono não muda, mas eu não consigo gostar de U2. Sorry.
Louise - Clan of Xymox
Essa é boa como trilha de fundo escolhida pra ouvir tomando um vinho e batendo papo enquanto relaxa. Ela tem umas viradas bem interessantes, e a bateria vai de um ouvido pro outro. Vocal grave também colabora.
Dog eat dog - Adam and the Ants
Eu já ouvi falar nessa música, porque eu lembro desse nome esdrúxulo. Mas ela acompanha o título sendo bizarra até dizer chega. Gostei disso não.
Erschiessen - Ideal
Mais uma maluquice que não me agradou. A baguncinha dela é interessante, até, mas me incomoda por ser meio bagunçado pro lado estranho. O fato de a vocalista ficar repetindo "erschiessen" toda hora também não ajuda. Resultado: a música tem 3m40 mas parecia que não acabava nunca.
She cries alone – Skeletal Family
A bateria me lembrou Joy Division de leve, mas acabou virando algo que eu ouviria como trilha de fundo, porque a música foi rolando e eu nem notei que ela terminou.
Like a hurricane - The Mission
Conheço pouca coisa do The Mission, mas eu tenho certeza de que já ouvi essa música, ou alguma versão dela, em algum lugar. De qualquer forma, ela entra como trilha de fundo também, é bem agradável mas também é só ok.
Fascination street - The Cure
Se eu ouvi essa música uma ou duas vezes foi muito. Mas eu conheço, claro que conheço. Pensando aqui, acho que eu não ouvi muito essa música porque ela parece ser um pouco arrastada, meio tediosa por causa dos milhares de efeitinhos da música. É boa, mas well, duvido que eu ouça de novo voluntariamente.
segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018
Descobertas da Semana - #5
Eis aí mais um Descobertas da Semana! Dessa vez eu tive que lidar com as propagandas porque o Premium foi pro saco – estaremos tentando consertar esse revés nas próximas semanas, mas não garanto nada, não que isso vá afetar a lista em si. Let’s go!
Descobertas da Semana – 12/02
Los niños del parque – Liaisons Dangereuses
É um tunts tunts interessante. No meio da música ouvi uma contagem em alemão e não consegui identificar muito bem o que veio depois. Mas tem espanhol no meio, o que é de se esperar já que o nome da música é em espanhol (embora isso não seja requisito, claro). Gostei do tunts tunts.
Shine on – The House of Love
Tem guitarra aos montes. Tava interessante até o refrão, que eu imagino que seja “she she she she shine on”. Tenta ler isso aí em voz alta. Pois é, não deu.
Adolescent Sex – Japan
Eu não tô conseguindo identificar muito bem pra que essa música serve. Nada nela tá me agradando particularmente, nem a letra, nem a melodia, nem essa guitarra bizarra, nada. De onde será que o algoritmo tirou isso?
Opium – Moonspell
Opa, bateria bem forte nessa. Vocal de música gótica. Eu devo ter ouvido Moonspell alguma vez na vida, mas não lembro. Essa é uma ótima música pra espantar vizinho chato. E não é comprida. Curti.
Go! (Single Edit) – Tones on Tail
É pra isso (também) que eu faço essa lista! Eu cansei de ouvir essa música em balada dos anos 80 e nunca cheguei nem perto de saber de quem era ou qual era o nome. Taí, essa eu conheço e faz tempo. E gosto bastante.
Kaltes klares Wasser – Malaria!
Eu adoro Malaria! (a banda, não a doença). Descobri a banda por causa de uma coletânea, e essa Kaltes klares Wasser é uma das que eu curto por causa do vocal e do baixo. E algumas músicas (como essa) são em alemão. Bem legal.
Brandon Lee – The 69 Eyes
Guitarrinhas e um vocal grave. Essa melodia por trás me faz lembrar alguma coisa que eu não sei dizer o que é. A música é boa, mas serviria como trilha de fundo pra mim.
San Diego (The Tragical) – The Eternal Afflict
Instrumental muito bom no começo. Mas acho que eu esperava um vocal um pouco mais grave e menos gritado. Lá pelo meio entra um lírico feminino que ficou interessante, mas parece que o fundo da música não acompanha o vocal principal, tem tanta coisa boa acontecendo ali atrás que o vocal acabou atrapalhando um pouco.
Insanity – Oingo Boingo
Eu vou confessar que meu conhecimento de Oingo Boingo se resume a três ou quatro músicas. Dito isso, essa música, além da variação do vocalista entre “cantar” e “recitar” a letra, tem uns vocais infantis/adolescentes no meio e ficou bastante interessante, pelo que eu entendi da letra. É longa (quase oito minutos de música) mas é uma baguncinha muito boa de ouvir. Gostei dessa música.
A daisy chain 4 Satan (Acid & Flower Mix) – My Life with the Thrill Kill Kult
Essa música é confusa, talvez por ser um remix. Talvez eu não estranhe tanto a música original, mas a baguncinha nessa música aqui não é lá muito agradável, porque tem uma galera gritando em algumas partes. Mas se a original for assim também, lascou-se.
Sunday – Sonic Youth
Eu lembro de ter pensado em ouvir Sonic Youth quando era mais nova, mas nunca nem tentei. De qualquer forma, essa música é legal. Um rock bem feitinho, bem legal pra ouvir numa boa num domingo (pun intended).
Release the bats – The Birthday Party
Eu só consegui tomar conhecimento do instrumental dessa música. O vocal é tão maluco que eu simplesmente ignorei que ele existe. Sério, estragou a música. Bleh.
Brighter than the sun – Tiamat
Não lembro quem me falou dessa banda. Como pra variar eu demoro pra ouvir algumas coisas, lembrei dessa indicação só agora. É uma música bem interessante, essa. Tem um interlúdio no meio com o vocal e o backing vocal entrando que me agradou.
The sparrows and the nightingales – Wolfsheim
Acho que essa foi a primeira música do Wolfsheim que eu ouvi. Desnecessário dizer que eu adoro a banda, e essa música é sensacional. A versão extended dela que toca em balada – que é essa que tá tocando agora, fazer o quê – é um pouco cansativa sem ser como trilha de fundo; eu prefiro a versão mais curta. Mas tudo bem.
(p.s.: WO IST DER FÜHRER DER MICH FÜHRT? ICH WARTE IMMER NOCH!)
In power we entrust the love advocated – Dead Can Dance
Essa eu já ouvi, mas foram poucas vezes. A maior influência que eu tive pra ouvir DCD foi o Marcel, que AMA a banda. Eu sempre tive a impressão de que DCD é música pra brisar, pra relaxar, e essa música é uma dessas que faz a gente brisar, de preferência de olhos fechados num lugar escuro.
Shining road – Cranes
Eu aaaaacho que eu já ouvi uma música do Cranes (Inescapable?). Essa de agora é gostosinha, mas talvez funcione bem como interlúdio. A melodia é bem legal.
Sixteen days/Gathering dust – This Mortal Coil
Também já ouvi This Mortal Coil, mas não lembro o nome da música. Essa daqui é longa – nove minutos –, e o instrumental dela é bem bom. Apesar disso, tem umas músicas desse estilo que são boas como trilha de fundo – principalmente se são longas, como a versão extendida citada acima –, e essa é uma delas.
Homosapien – Pete Shelley
Mais uma que pode servir como trilha de fundo, mas num dia em que eu esteja de boa fazendo alguma coisa enquanto ouço música. Sei lá, o instrumental dela é ok, o vocal é ok, mas não me chamou a atenção, não.
Are “friends” electric? – Tubeway Army
Por motivos óbvios eu lembrei do Philip K. Dick, mas deixa isso pra lá. Essa pode fazer parzinho com a coleguinha acima, porque não me chamou muito a atenção.
Lucky number – Lene Lovich
Eu literalmente não sei de onde saiu isso: nunca ouvi falar dessa banda/artista. É uma baguncinha animada, bem animada, e eu consigo me imaginar colocando isso pra tocar enquanto varro a casa.
Container love – Philip Boa and the Voodooclub
Ela começa um tanto sombria, mas dali a um tempo eu sinto que caí dentro de uma sketch daquelas com trilha do Benny Hill. O instrumental dá uma virada tão súbita e tão inesperada que eu estranhei que o baixo continue ali. Valeu, mas eu passo.
Warm leatherette – The Normal
Isso aqui de normal não tem nada. Eu gostei do modo como a letra é recitada, mas tem um som bem agudo que irrita bem rápido – eu ouço as músicas com fone de ouvido, e esse som agudo tá só no fone esquerdo. Ele some brevemente mas volta de novo. Isso me dá dor de cabeça, então infelizmente eu também passo essa.
I coldly stare out – Pink Turns Blue
Gostei dessa de cara. Tem um baixo por trás da bateria – a guitarra aparece mais um pouco mais pra frente na música –, e o ritmo do vocal é redondinho. Me lembra bastante dark wave, daquelas que quando começa a tocar a gente dança parecendo que tá tirando teia de aranha do ar.
Scarecrow – Siouxsie and the Banshees
Eu conheço essa banda, óbvio que eu conheço, mas já devo ter citado que gosto de duas músicas, três talvez. Nessa aqui eu reconheço um efeito que é a marca de Cities in Dust. De qualquer forma, se essa música estivesse numa coletânea ou numa playlist eu ouviria numa boa, mas não tomaria muito conhecimento.
So young – Suede
Eu já tentei ouvir Suede, mas lembro de não ter gostado muito do som. Well, continuo não gostando. Nada contra a banda, na verdade a capa desse álbum que puseram aqui no app é bem interessante, mas sei lá, alguma coisa nesse vocal e nessa guitarra me fazem correr pra longe.
Mindphaser – Front Line Assembly
Eu chutaria que isso é EBM se não fosse o synth mais agudo, porque ela tem toda a cara de industrial resvalando no EBM. De qualquer forma, se não é uma música pra ficar ouvindo direto – mas eu colocaria numa playlist daquelas feitas pra me empurrar pra frente –, ela serve pra expulsar os demônios numa balada.
Goodbye horses – Q Lazzarus
Ok, Spotify, eu já entendi. Eu tenho que assistir O silêncio dos inocentes de novo. Prometo que vou colocar na minha lista. De qualquer forma, essa é a versão original dessa música, é a que toca no filme.
Nowhere girl – B-Movie
No começo essa música tem bem cara de filme B. Daí entra um baixo bem interessante e uns synths que me lembram bastante o começo de I run, do A flock of seagulls. Daí entra o vocal, e eu fico entre estranhar o tom e curtir a melodia. Acho que eu colocaria numa playlist como interlúdio, ela não é tão estranha quando parece.
Tears run rings – Marc Almond
Essa voz é inconfundível, mesmo que eu não soubesse que o Marc é o vocalista do Soft Cell daria pra reconhecer. Mas acho que eu prefiro as músicas do Soft Cell… essa música é boa, sem dúvida, mas eu me acostumei com a banda.
Butterfly: Dance! (OOea Version) – Diary of Dreams
Não, não tem nada a ver com o grito da Copa, graças a Apolo. Essa música é muito, muito boa, apesar do synth agudo por cima dessa bateria deliciosa – se bem que ele combina bem com a música – e desse vocal maravilhoso. Eu acho que já ficou bem claro que eu gosto de vocal grave, né? Foi pra playlist.
sábado, 10 de fevereiro de 2018
Crianças, eu vi um carro em órbita.
Infelizmente na escola a gente aprende o básico do básico. Foi só depois de velha que eu aprendi que a mancha de Júpiter é uma tempestade gigantesca, que Vênus é lindo por fora mas um verdadeiro inferno na superfície, que algumas partes dos anéis de Saturno são feitos de poeira e gelo, que o eixo de rotação de Urano é na horizontal e não na vertical como os outros, e por aí vai.
Daí eu pensava que depois do acidente da Challenger (que foi outra coisa que eu só descobri que aconteceu depois de velha) ninguém tentou fazer mais nada relacionado ao espaço. Eu nunca parei pra pensar que os satélites e as estações espaciais que estão lá em cima são enviados por foguetes. Até que, cerca de um ano e meio, dois anos atrás, eu descobri como satélites eram lançados e como a ISS (sigla em inglês para a Estação Espacial Internacional) recebe suprimentos; descobri por causa dessa empresa aqui:
No dia em que eu escrevo esse post essa empresa, e o dono dela, o Elon Musk, já são bem conhecidos do público geral, mas eu só ouvi falar deles por causa do Twitter e dos podcasts que eu ouço. Fui no YouTube e achei uns vídeos de um foguete, o Falcon 9, em missão. Minha primeira reação deve ter sido “O QUEEEEEEEEEEEEEE?”…
Sim, isso é o primeiro estágio de um foguete pousando.
A empresa queria arrumar um jeito de baratear os custos de mandar coisas pro espaço, e reaproveitar o primeiro estágio é um ótimo jeito de fazer isso. Então a SpaceX acabou meio que ficando especialista em pousar o Falcon 9; de todos os lançamentos que eu vi, nenhum deles resultou em uma desmontagem rápida não planejada.
Daí essa semana a SpaceX fez o voo experimental do Falcon Heavy, que é basicamente um Falcon 9 adaptado como estágio central e dois Falcon 9 atuando como foguetes auxiliares. Para o voo experimental o foguete tem que subir com alguma coisa que simula o peso da carga que o foguete futuramente vai levar, daí o doido do Musk resolveu que era uma boa ideia colocar lá dentro algo que era dele.
Dentro do carro ele botou um Guia do Mochileiro das Galáxias, uma toalha e um disco com a trilogia Fundação do Isaac Asimov. No painel tem também um Tesla Roadster em miniatura com um Starman (o boneco com traje espacial ao volante) em miniatura. Um dos circuitos leva a inscrição “Made in Earth by humans” (feito na Terra por humanos), e naquela placa embaixo do carro tem o nome de todos os funcionários da SpaceX.
No dia do lançamento eu tava parecendo o urso do Pica-Pau logo cedo. Eu adoro ver os lançamentos do Falcon 9, é muito louco ver que um troço do tamanho de um prédio de 16 andares que geralmente caía e provavelmente explodia faz a volta e pousa. Quando foi chegando perto da hora do lançamento minha timeline do Twitter começou a ficar bastante espacial. Quanto a mim, saí do trampo correndo a tempo de conseguir pegar o ônibus com o celular na mão e o stream da SpaceX aberto. E o que rolou ali, senhoras e senhores, com o perdão do palavrão, foi do caralho.
O vídeo todo tem 34 minutos, mas aqui coloquei pra começar a partir de t-1 pro lançamento.
Como dá pra ver no vídeo (aproximadamente oito minutos depois do lançamento), os dois Falcon 9 que serviram de foguetes auxiliares pousaram, claro que pousaram, praticamente ao mesmo tempo e um do lado do outro – guardadas as devidas proporções. O central core não conseguiu pousar, dois dos três retromotores falharam e ele atingiu o oceano a cerca de 500 km/h. Deve ter doído. Mas numa missão cujo objetivo era botar o segundo estágio em órbita sem explodir no lançamento, pousar 2/3 do foguete é um baita dum lucro.
E pra completar a beleza da coisa o cara ainda me coloca Life on Mars pra tocar na hora em que a carenagem se solta do segundo estágio e as câmeras pegam o Roadster com o Starman no espaço. Nesse momento eu esqueci que tava de pé num ônibus lotado e comecei a chorar. Uma moça me ofereceu um lugar, provavelmente porque achou que eu estava passando mal…
Depois de um tempo entrou no ar um live video do carro no espaço, orbitando o planeta. Esse vídeo rendeu uma quantidade obscena de prints para proteção de tela, papel de parede, thumbnail de YouTube, vitrine de podcast, capa de rede social, capas de futuros livros…
Essas foram as que eu tirei, mas pela internet afora tem toneladas delas. Cada frame daquele vídeo é maravilhoso. Mais maravilhoso ainda é pensar que por aproximadamente seis horas havia um carro orbitando o planeta enquanto aqui embaixo os nerds estavam em polvorosa porque nós vimos um show de ciência sendo aplicada.
Depois desse tempo em órbita o motor do segundo estágio foi acionado para propulsionar o carro pra fora da órbita da Terra. Como o negócio deu mais certo do que se pensava, agora temos um carro com um boneco vestindo um traje espacial indo pro espaço profundo. Ele entrou em órbita heliocêntrica (ao redor do Sol) e, segundo alguns cálculos feitos, vai estar próximo da Terra de novo lá pra 2030.
Antes de o Roadster partir pro espaço profundo, porém, foi possível captar uma última imagem. Essa imagem já virou um clássico, mas ela é tão linda que não dá pra não mostrar de novo.
He'd like to come and meet us, but he thinks he'll blow our minds.
Eu, particularmente, ainda tô num hype desgraçado por causa disso. Eu já assisti ao vídeo do lançamento várias vezes, já li/vi/ouvi um monte de opiniões (teve Scicast especial, teve vídeo do Sérgio Sacani, teve texto no MeioBit, que aliás foram minhas fontes primárias pra esse texto, e mais milhares de outros conteúdos internet afora). E provavelmente vou continuar procurando informação sobre isso, porque ver a história sendo feita com um evento tão impressionante é algo que não se esquece nunca mais.
segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018
Descobertas da Semana - #4
E cá estamos com mais uma lista de Descobertas da Semana! São 30 músicas no shuffle - o shuffle é só pela diversão, mesmo.
Dessa vez o algoritmo manteve o título de descobertas e me trouxe bastante coisa que eu não conhecia. Algumas foram bem interessantes.
Descobertas da Semana - 05/02
Love will save you - Swans
Que música gostosa de ouvir! Eu achei que ela ia me dar sono - eu saí de casa hoje sem tomar café, então dá pra imaginar meu estado -, mas quando entrou o vocal, eu gostei! Bem legal, foi pra minha playlist.
Murderous - Nitzer EBB
E eu não sei por que eu ainda não incluí Nitzer EBB na minha lista de álbums. Esse tipo de música é tão fácil de ouvir que eu me pergunto por que eu não subo a Brigadeiro ouvindo algo como essa música pra desviar das pessoas - desviar, não chutá-las da minha frente. Boa pra ouvir em uma sessão de ergométrica, imagino - o verso "now don't be lazy" serve bem.
Hate is a 4-letter world - Shock Therapy
Pra uma música que começou com um piano meio tristinho, ela ficou interessante depois do grito. Os dois vocais me interessaram - um deles parece um pouco, até certo ponto, com o Robert Smith, mas acho que Tio Bob é meio como o John Malkovitch; enfim, divago. Eu gosto de música com vocal duplo, mas acho que essa é a primeira que eu ouço em que os dois estão cantando a mesma coisa. Curti.
A means to an end - Joy Division
Preciso comentar? A letra dessa música é incrível (pra quem gosta desse tipo de música, claro) e o baixo barítono do Ian tá sensacional. Mesmo no finalzinho. *suspira*
Blind vision - Blancmange
A voz desse cara e essa música me lembraram vagamente do Dave Gahan e do Depeche, respectivamente, principalmente pelos synths do começo. Isso me parece bem disco music, eu gostei mas nem tanto assim.
The Cabinet - Das Kabinett
Essa música é gostosa de ouvir no loop, ela não é pesada, nem rápida demais. É dançante mas não dá pra sair pulando, a não ser que você estoure as caixas. Boa, recomendo.
Dead disco dancer - O. Children
Outra que eu gostei. Tem uns pedaços dessa música que me lembram No milk today do Herman's Hermits (a piada com o nome da música é impublicável; será que mais alguém aí conhece essa música?), e o restante é o tipo de barulho que eu curto. Foi pra playlist também.
Kingdom - Dave Gahan
Atenção, senhoras e senhores, aqui temos o exemplo de uma música que todo mundo acredita que eu (re)conheço mas que eu só sei que tem a ver com Depeche porque eu reconheço a voz do Dave em qualquer lugar. Não, nunca ouvi os álbuns solo dele. Sim, Lu, você pode me matar quando vier aqui pra São Paulo. Só deixa passar o show, ok?
Anyway, é o Dave, eu vou gostar de qualquer jeito. Mas é uma música agradável.
Destillat (VNV Nation Remix) - Das Ich
Eu adoro essa música, e esse remix ficou bem interessante. A única coisa que eu senti falta foi do vocal feminino antes do refrão e durante algumas partes dele. O toque do VNV ficou bem legal.
Your hands on my skin - De/Vision
EU SOU LOUCA POR ESSA MÚSICA. Dito isso, sim, eu a reconheço em menos de dois segundos. Foi com ela que eu conheci o De/Vision e é isso aí. Leiam mais aqui.
I love you in your tragic beauty - The Legendary Pink Dots
Eu gostei do nome dessa música, fez eu lembrar de Lacrimosa (Road to pain, alguém? Praise the beauty and praise the pain?). Ela também é bem boa de ouvir, apesar de eu não conseguir identificar de onde ela saiu. Como trilha de fundo é excelente.
Mr. Alphabet Says - The Glove
Nesse caso aqui a voz parece a do Robert Smith porque é o próprio cantando. The Glove foi um supergrupo dele com um povo aí que era envolvido com o Siouxsie and the Banshees. O irônico é que tem umas histórias bem boas sobre o Tio Bob e a Siouxsie Sioux. Anyway, isso é The Cure sem ser The Cure, não curti muito não.
Somebody - Escape with Romeo
Achei essa música uma daquelas que entra numa playlist pra colar as outras. Tipo um interlúdio. A levada dela é gostosinha, com o baixo e a guitarra, e o vocal vai levando a letra com a melodia. Bem legal.
Sister Europe - The Psychedelic Furs
Essa é boa pra eu me concentrar. Ou ótima pra eu relaxar. Na verdade ela é tão gostosa de ouvir que eu tenho que tomar cuidado pra não me deixar levar por ela e começar a caçar o esquilo que habita minha mente quando ele resolve correr pelas minhas ideias.
Into a swan - Siouxsie
Eu não sabia que a dona Sioux podia fazer música assim! (ou talvez eu só goste de Christine e Hall of mirrors, mesmo, vai saber...).
The Calling - Death in June
Começo legal. Essa serve pra brisar em algum porão escuro ou pra se isolar do mundo. O moço tem um vozeirão legal e o instrumental é bem desse tipo: repetitivo e hipnótico.
Kiss kiss bang bang - Specimen
Eu estava totalmente inclinada a gostar dessa música se ela fosse só instrumental, porque esse baixo é beeeeeeeeeem daora (bass bitch mode: on). Daí entrou o vocal. Er... Ok... o baixo continua. Queria saber qual foi a do algoritmo. De qualquer modo, eu sou uma bass bitch então essa passa pelo crivo.
p.s.: a continuação depois do silêncio me fez lembrar We care a lot do Faith No More. Corrijam-me se eu estiver errada.
This is not a love song - Public Image Ltd.
Mais alguém aí só conhece o PIL por causa do Acústico do Legião Urbana (quando o Renato canta Rise - aquela do "anger is an energy!")? Pois é. Ele diz com tanta veemência que "this is not a love song" que eu terminei a música convencida de que, ao contrário, this is a song to love. Tá, essa foi péssima. Mas é uma baguncinha boa de ouvir.
A song from under the floorboards - Magazine
Não vi muita graça nessa música, não. Ela ficou tocando aqui e quando eu vi, acabou. É só isso mesmo.
Qual - Xmal Deutschland
Esse Qual lê-se Kval, porque em alemão o Qu tem som de /kv/. Dito isso, pra mim as músicas do Xmal são boas distrações do tipo trilha de fundo. Eu nunca consegui me impressionar (do tipo PUTAQUEPARIU QUE MÚSICA FODA!) com as músicas dessa banda. Mas Matador foi uma que me ensinou a usar a expressão "was für ein Fest". Já é alguma coisa.
Theme for great cities - Simple Minds
Um instrumental delicinha do Simple Minds. Essa eu confesso que ignorei o "Theme" no nome da música e estava esperando uma letra. Mas é bem gostosa de ouvir. Parece mesmo que emula o tráfego de uma cidade - o que me faz pensar em Kraftwerk, mas isso é outra história.
In shreds - The Chameleons
Ela não é ruim. É bem feitinha, instrumentos no lugar, vocal adequado e bem alinhadinho, mas sei lá. Não chamou muito minha atenção. Pra quem gosta de uma levadinha bem guitarra e vocal, vale a pena.
Goodbye horses - Psyche
Qual que é, o Spotify tá querendo me fazer ouvir múltiplas versões das músicas que eu gosto? Falei dela semana passada, se não me engano. E toda vez que eu ouço vem a imagem de um serial killer dançando seminu na frente do espelho enquanto mariposas voam no quarto e uma refém grita num poço. Eu adoro aquele filme.
Dead and buried - Alien Sex Fiend
Eu já devo ter gostado de alguma música dessa banda em alguma lista passada, mas dessa vez eu achei tudo muito estranho. A começar pelo título... Anyway, ouvi ela inteira e nope. Essa eu passo, thanks.
Kebabträume - DAF
Outro nope, mesmo sendo em alemão. Eu não entendi muito bem de onde saiu isso, e mesmo eu curtindo synth nesse estilo, não me atraiu, não. Sei lá.
Things we never did - Sad Lovers & Giants
Essa pelo menos eu consigo dizer de onde saiu: de algum lugar entre o fim dos anos 1970 e o começo dos anos 1980, a julgar pelo instrumental do começo. Esses harmônicos sempre me fazem lembrar Play for today, do Cure (John Malkovich, lembram?). O sax me faz lembrar outra coisa que eu não sei o que é. Boa no geral, passa como trilha de fundo.
Snake dance - The March Violets
Eu QUASE não consigo não pensar numa piada ruim pro nome dessa música... Outra com levada pós-punk, mas que pode se juntar à amiguinha anterior no quesito trilha de fundo.
Desire - Gene Loves Jezebel
Por Apolo, eu adorava essa música. De verdade. Mas eu comecei a enjoar, assim como eu enjoei de uma porção de músicas que eu ouvi TANTO mas TANTO que não dá mais. De qualquer forma, fazia tempo que eu não ouvia. Nice.
The shadow of love - The Damned
A levada dessa música é gostosinha de acompanhar, apesar de, pra mim, não passar muito disso. Eu não sei identificar o estilo dessa música, mas parece também coisa do começo dos anos 1980, meio saindo do pós-punk. Mais uma pra minha trilha de fundo.
The new stone age - Orchestral Manouvers in the Dark
Eu NUNCA ouvi OMD. Podem me julgar. Mas, porém, contudo, todavia, achei o instrumental dessa meio barulhentinho. Tenho certeza de que as músicas do OMD são boas (por favor, afastem gentilmente tochas e forcados), mas essa eu não curti muito, não. Definitivamente vou ouvir mais coisas da banda.