segunda-feira, 31 de março de 2008

Humano, demasiado humano

Sabem quando eu me lembro de que sou um ser humano? Quando sinto dor, muita dor, e tem que ser dor física, as minhas dores psicológicas me transformam numa espécie de robozinha.
E, sinceramente, eu prefiro dor psicológica.

Faz uma semana que estou sentindo dores e até agora não achei um maldito especialista. O Nei me mandou por e-mail um site de um convênio mas eu não consigo abrí-lo. Eu não quero ter que ir até o PAM Heliópolis pra procurar o tal do especialista, mas essa dor do inferno tá me tirando toda a concentração, me causando outras dores no corpo e me dando até febre, acho que não vou ter outra saída.

Eu vou assinar outro convênio. pelamordedeus, eu não pequei tanto assim pra ficar sofrendo por mais de uma semana... (tá, tem gente que sofre por anos, mas eu não quero ficar sentindo dor!!!)


(Eu trabalho no SUS faz quase quatro anos.)
(Às vezes eu me envergonho...)

segunda-feira, 24 de março de 2008

Crescer é chato...

Crescer é chato pra caralho.

Quando eu tinha 16 anos e não fazia nada da vida eu estudava até de madrugada, passava horas na frente da televisão assistindo "Vestibulando Digital", não tinha que me preocupar em arranjar dinheiro pra pagar as contas (tá, eu viva dura, mas pra sair de vez em quando eu tinha a minha mãe), não tinha idade pra resolver as coisas nem pra tomar decisões importantes. Eu só ia pra ETE, escrevia e chorava, nessa ordem mesmo.

Passaram-se sete anos. E essa semana eu percebi o quanto crescer é chato pra caralho.

Eu trabalho a semana toda, não tinha como ficar em casa esperando o técnico da Telefónica que tinha que consertar o meu Speedy. Tinha que dar um jeito de deixar as informações lá, ao mesmo tempo que me degladiava ao telefone com as atendentes que, coitadas, não são nem treinadas direito pra fazer esse serviço. Tinha que decidir se eu mantinha a linha da casa da minha mãe do jeito que ela está ou se migrava o plano. Tinha que decidir se, caso o Speedy não aparecesse, eu ia mesmo comprar o modem 3G da Claro. Daí na quinta-feira a minha mãe resolve comprar uma impressora. Decidir qual levar, que atendesse às expectativas dela. Depois, instalar a impressora. Nesse meio tempo eu já tinha tido um ataque nervoso porque eu tenho que estudar pra FUVEST e não entrei no cursinho ainda e não entendo física, socooooooorro!!! Tem mais essa: decidir quando vai dar pra entrar no cursinho. Daí o técnico foi em casa consertar o que tava desarrumado, e eis que o navegador do meu PC dá pau quando tenta entrar na Internet. Passei o dia de ontem inteiro na frente do computador (e o Nei, tadinho, falando comigo pra ver se a gente conseguia resolver o problema... ontem eu abusei pra caramba dele... nháin, eu te amo, viu?)e nada de achar o problema, daí eu tenho que decidir se eu deixo aquilo como tá e resolvo no final de semana, se eu ligo pra assistência técnica ou se eu simplesmente dou um pé na bunda de tudo isso e compro um laptop e o abençoado modem 3G da Claro...

Fui dormir às 4 e meia, levantei às 6 e meia. Isso também é coisa de gente grande e eu queria voltar a ser adolescente...

quarta-feira, 12 de março de 2008

Anger is an energy...?

Eu tenho alguma raiva de algumas coisas.

Eu tenho raiva de algumas poucas coisas.

Eu tenho muita raiva de uma coisa.


É engraçado quando se vocifera dentro de um copo de vidro pra todo mundo saber que algo está incomodando, mas sem deixar saber o quê. E depois voltar com cara lavada e arreganhando sorrisos dizendo "Está tudo bem, não há problema algum".

Não há problema algum o cacete, se não tivesse problema algum eu não vociferaria.
E ao mesmo tempo se realmente fosse um problema eu não vociferaria dentro de um copo.

"Stupid girl, all you had you wasted"
(Garbage)
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domingo, 9 de março de 2008

Tenderness

“Não consigo explicar minha ternura, minha ternura, entende?”

Não consigo explicar o que eu penso, não consigo explicar o que eu sinto. Não consigo nem demonstrar. Nem me fazer entender de um jeito decente, e por aí vai.

Não, não estou desistindo.

E ele não quer conversa. Não quis enquanto estava perto, agora então nem se fala...

Eu tive vontade de chorar, de novo, depois de muito tempo. Não sei lidar, não sei, não entendo e me aflijo com isso.

E ele continua offline.

sábado, 1 de março de 2008

Camila, Camila

Depois da última noite de festa
Chorando e esperando amanhecer, amanhecer
As coisas aconteciam com alguma explicação
Com alguma explicação
Depois da última noite de chuva
Chorando e esperando amanhecer, amanhecer
Às vezes peço a ele que vá embora
Que vá embora...oh...

Camila, Camila, Camila

Eu que tenho medo até de suas mãos
Mas o ódio cega e você não percebe
Mas o ódio cega

E eu que tenho medo até do seu olhar
Mas o ódio cega e você não percebe
Mas o ódio cega

A lembrança do silêncio daquelas tardes
Daquelas tardes
A vergonha do espelho naquelas marcas
Naquelas marcas
Havia algo de insano naqueles olhos,
Olhos insanos
Os olhos que passavam o dia a me vigiar, a me vigiar...oh...

Camila, Camila, Camila
Camila, Camila, Camila

E eu que tinha apenas 17 anos
Baixava a minha cabeça pra tudo
Era assim que as coisas aconteciam
Era assim que eu via tudo acontecer
E eu que tinha apenas 17 anos
Baixava minha cabeça pra tudo
Era assim que as coisas aconteciam
Era assim que eu via tudo acontecer

Camila, Camila, Camila
Camila, Camila, Camila


ainda tenho medo dos olhos que passam os dias a me vigiar


por mais que os meus olhos sejam insanos também.