quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Fanzine Libélula – Parte 4

Dando continuidade ao artigo Fanzine Libélula – Parte 3, ainda sobrava um restinho de fôlego nos editores do fanzine. Nós estavamos juntos ainda no propósito de fazer o zine, mas, passados quase 4 anos desde o lançamento do nº1, as coisas iam ficando mais complicadas com o passar do tempo.


domingo, 24 de janeiro de 2010

Post de teste e reflexões…

Resolvi dar uma segunda chance ao Windows Live Writer, e agora estou postando diretamente do Toy. No blog de teste (todo blogueiro deve ter um, rsrs) deu certo, e agora estou postando aqui no Litteraria. Agradeço ao Adelson, do Gerenciando Blog, que sempre está disposto a dar uma mãozinha pra nós… =D

Vamos às reflexões.

Eu fico titubeando pra escrever aqui no blog porque eu quase nunca acho que tenho algo interessante a dizer. Mas depois de passear por alguns blogs amigos (estes que ficam aqui do lado), percebi que os autores fazem as melhores postagens depois de uma certa pesquisa. A Lulu, do Coruja em teto de zinco quente, sempre escreve posts ótimos e geralmente ela pesquisa bastante antes de escrever algo.

Outra coisa que me chamou a atenção foi a saga Avalon, da Marion Zimmer Bradley. Os quatro volumes de “As Brumas de Avalon” saíram depois de 20 – sim, vinte – anos de pesquisas sobre o tema. E um outro livro que eu reli recentemente – Anjos e Demônios, do Dan Brown – também deve ter levado um pouco de tempo pra ser escrito.

Daí eu me senti uma preguiçosa…

Eu faço Letras na USP, como todos os leitores do blog já devem estar cansados de saber, rs. E a primeira coisa que uma graduanda em Letras deve saber fazer é pesquisa. E eu tive que aprender de novo. Uma das coisas que eu mais fazia no colégio era copiar os trabalhos de alguma fonte qualquer e pronto. Vergonhoso, né? Até que eu descobri que não é assim que se faz um trabalho decente. E pronto: na primeira pesquisa de verdade que eu fiz na minha vida, eu tirei 9,5. Santa Maria Clara, professora de IELP I. Depois de mais uma boa nota em outra pesquisa (dessa vez em IEL II, nota 9), eu entrei em férias da faculdade. E putz, a preguiça bateu. Rsrsrs…

Essa era uma das coisas em que eu estava pensando em Curitiba. Que meleca de acadêmica eu estou me tornando? Bem, ser acadêmica não tem quase nada a ver com postar no Litteraria, mas eu percebi que, me empenhando em me tornar uma boa pesquisadora, eu vou conseguir escrever melhor. Ou vice-versa: me empenhando em escrever artigos bons aqui no blog, eu me tornarei uma boa pesquisadora.

O que me lembrou um dos posts que eu li no Info-Macross uma vez. O nome do post era Não seja preguiçoso!!! Escreva bons artigos!. Eu li esse post de madrugada, e no outro dia eu já tinha esquecido tudo… mas me lembrei que tinha lido algo sobre. E encontrei de novo. (Aliás, o Info-Macross é um ótimo blog, eu recomendo a leitura!)

Pra coroar a retomada de pesquisas (rs), peguei o sr. Gilmar como inspiração. Meu pai é uma enciclopédia ambulante em assuntos de aviação. Ele trabalhou na Varig na década de 80 e acho que não tem nada que eu pergunte pra ele sobre aviões que ele nao saiba responder. E história, também. Ele sabe um mundo de coisas sobre a Segunda Guerra Mundial. E ele nem tinha vontade de virar acadêmico…

(adendo: se eu não fizesse Letras, provavelmente seria cadete da Aeronáutica, ou Engenheira Aeronáutica, por influência dele…)

Ok, depois desse texto enorme, vem a pergunta de um milhão de reais: sobre o que eu vou começar a escrever/pesquisar? A resposta certa a essa pergunta é: não sei ainda. Mas como eu disse pra Allana, a vontade de fazer coisas é um bom começo. Vide o Libélula… aliás, estou devendo o artigo sobre o Libélula 4, ele vai ser postado em breve.

Vou reler o artigo da Sandra no Info-Macross e pensar. Depois pesquisar e depois escrever. E dar graças por Curitiba ser uma cidade tão tranquila que me faz refletir sobre coisas boas…

sábado, 23 de janeiro de 2010

Há algo de estranho em São Paulo, E a culpa também é minha...

Quando eu estava em Curitiba eu acompanhei pela televisão a situação da cidade de São Paulo no que concerne às típicas chuvas que tomam os meses do Verão. Mas eu não imaginava que eu ia ver de perto, de novo, todo o caos em que a cidade emerge, literalmente, depois de uma tempestade.

Eu voltei de viagem na quinta-feira. Peguei o ônibus em Curitiba eram 0h20m. Minha mãe havia me alertado sobre as chuvas na madrugada que eu já tinha visto pela tv, mas eu calculei que chegaria em São Paulo depois do temporal.

Passei pela Cidade Universitária eram 7 da manhã. E eu devia ter descido lá, quando o motorista perguntou se alguém desembarcaria.

Eram mais ou menos 7 e meia quando o ônibus chegou ao braço de acesso ao Cebolão, a famosa interligação entre as Marginais Tietê e Pinheiros, composta por viadutos e pontes. Este complexo viário também permite acesso à Rodovia Castelo Branco. Considerando o trânsito normal da cidade, o ônibus certamente pararia ali por alguns momentos. Mas, cerca de 15 minutos depois, o motorista dirigiu-se a nós, dizendo que os rios haviam transbordado, estava tudo alagado e não tínhamos previsão de chegada ao Terminal Rodoviário do Tietê. Estávamos, literalmente, presos diante de um alagamento gigante.

E eu estava atrasada pra chegar em casa, visto que minha mãe e meu pai esperavam que eu chegasse em casa até umas 9 da manhã.

As cenas que eu via pela janela do ônibus eram as mesmas que eu já tinha visto pela televisão um monte de vezes: pessoas andando pra longe do alagamento, lotando os pontos de ônibus, esperando que pudessem chegar ao trabalho ou voltar pra casa.

Depois de mais 15 minutos de espera, e tendo o ônibus avançado cerca de cinco metros, eu pedi para o motorista abrir a porta do ônibus e desci numa Av. Gastão Vidigal completamente congestionada. Saí procurando um orelhão pra ligar pros meus pais e avisar que eu estava bem, apesar de não saber a que horas chegaria em casa. Então procurei uma estação de trem ou metrô que fosse próxima. Por sorte, havia ali perto a estação Imperatriz Leopoldina, que faz parte da linha Itapevi - Julio Prestes, e esta linha não havia sido afetada pela enchente. Peguei o trem sentido Julio Prestes e desci na Barra Funda. Um mar de gente desceu comigo, e todos nós fomos em direção ao metrô. Peguei a linha Palmeiras/Barra Funda - Corinthians/Itaquera e desci no metrô Sé, no centro de São Paulo. Avisei aqui em casa que já estava a caminho, e dali peguei o ônibus que vem aqui pra rua de cima da minha casa. Cheguei em casa às 11 e meia, com minha mãe dando graças por eu estar pelo menos seca...

Agora, por que eu disse ali no título que a culpa também é minha?

Antes de explicar, eu quero dizer que eu não gosto do prefeito de São Paulo, o sr. engenheiro civil e economista Gilberto Kassab, e não acho legal ele chegar na mídia e dizer que "está tudo sob controle", quando dá pra ver claramente que não está. Mas eu seria hipócrita se eu dissesse que tudo o que acontece de errado na cidade é culpa da administração dele. No caso das enchentes, em específico, a culpa também é minha, e da população de São Paulo em geral.

Enquanto eu vinha em direção à minha casa, passei pela Avenida do Estado. Ali no meio passa o rio Tamanduateí, que quase sempre enche. Ele também transbordou naquela madrugada, e quando eu passei por lá ele já tinha voltado ao leito. Mas sabem o que mais tinha nas margens elevadas do rio?

Lixo.

Por que as ruas alagam? Porque a água não consegue escoar pelos bueiros. E por que a água não escoa? Porque os bueiros estão mais pra depósitos de lixo do que para escoadores de água.

E não dá pra dizer que não há orientação por parte da prefeitura para evitar esta situação, pois há lixeiras espalhadas pela cidade e o caminhão da Limpurb passa três vezes por semana coletando lixo. Mesmo assim, todos os dias as pessoas jogam todo o tipo de coisas nas ruas. Quem já não se pegou amassando um papel de bala e jogando no meio-fio? Ou jogando pontas de cigarro no chão, depois de poluir o ar com a fumaça (observação:
mea culpa, nessa parte. Quando eu fumava eu fazia exatamente isso, e eu peço perdão à mãe Natureza por isso...)? Daí a conclusão que não dá pra colocar a culpa só no Kassab. A culpa também é nossa. Sabemos que plástico e latas levam milhares de anos pra se decompor, e o papel em contato com a água forma umas bolas gosmentas que até se decomporem, entopem tudo o que tem buracos. E também sabemos que rua e rio não é lugar de se jogar lixo. Então, que hipocrisia é essa que toma a população da cidade quando os rios transbordam e alagam tudo ao redor? Digo novamente: a culpa também é nossa, também é minha.

É muito fácil xingar o prefeito, mas como dizia o V, no filme V for Vendetta, "se quisermos encontrar os culpados, basta olharmos no espelho".

Não vou abordar aqui o fato de as marginais e avenidas estarem em áreas de várzea de rios, pois isso certamente é um erro estrutural, mas o planejamento e construção destas marginais e avenidas é anterior até ao meu nascimento. E isso não é algo que possa ser mudado imediatamente. O que precisa ser mudado é o modo como encaramos a cidade, como uma grande lata de lixo, que transborda toda vez que chove um pouco mais forte... E em vez de ficarmos sentados esperando a água baixar, se parássemos de agir como se não nos importássemos com a limpeza da cidade, talvez não tenhamos que encarar mais uma vez a cidade debaixo d'água por causa do lixo que nós mesmos jogamos nas ruas.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Aviso de férias...férias? rsrsrs

Gente, tou indo pra Curitiba ver o meu pai e descansar um pouco. Não vou levar o Toy (é, pois é, eu coloquei nome no meu notebook...) comigo, então provavelmente vou ficar sem internet por uns dias. Vou escrever no bom e velho sistema papel-e-caneta. E prometo voltar mais animada! =D

(estreiando o blogger in draft, essa coisa ficou uma graça!)

domingo, 10 de janeiro de 2010

Bacharelado em Alemão, aí vamos nós!

Eu sei que o meu desempenho na faculdade no semestre passado foi digno de vergonha, mas ainda assim, eu aumentei a minha média. E graças a um hacker do Orkut (hehe) eu vi hoje o resultado da classificação do ranqueamento para as habilitações em língua estrangeira. Eis abaixo a minha classificação:
Curso: Bacharelado - Habilitação: Alemão (8051 / 504)
Vaga: 13
Opção: 1
Classificação: 258 dentre a Letras - Ciclo Básico (8051 / 104)
Média: 7.500
Considerando que Alemão - Noturno tem 40 vagas (Noturno porque eu entrei pra estudar à noite, mas mudarei isso dia 22), eu venho anunciar aos leitores do Litteraria que eu cursarei a habilitação em Língua Alemã a partir deste ano.

Yay, eu consegui!!!!! =D

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

O cúmulo do "nerd way of life" num seriado...

Holy crap, abandonei o meu blog!

Isso acontece com uma certa frequencia quando eu me foco em alguma coisa nova. Não fiz nenhum projeto ainda, só andei vendo um seriado por três dias seguidos. O nome dele é The Big Bang Theory.

Eu já tinha ouvido falar desse seriado, na verdade eu ouço falar de um monte de seriados, mas como não tenho tv a cabo acabo assistindo o SBT de madrugada. Mas enjoei de ver Cold Case (que é o meu favorito no Teleseriados, depois que Veronica Mars acabou) porque começaram a exibir reprises. Então saí caçando na internet e me deparei com The Big Bang Theory.
Como eu disse acima, não tenho TV a cabo, então procurei os episódios pela internet (observação: essa prática é condenável, mas eu não tive escolha, portanto, me perdoem...). E durante três dias eu me aventurei a baixar/ver o seriado, que está em sua terceira temporada.

The Big Bang Theory é uma sitcom que narra o cotidiano de Leonard e Sheldon, dois físicos teóricos que trabalham como pesquisadores em uma universidade. Seria chato se eles não fossem a personificação do estereótipo nerd. Leonard usa óculos, tem intolerância à lactose e tem em seu banheiro um shampoo do Darth Vader e um condicionador do Luke Skywalker. Sheldon, por sua vez, entrou na faculdade com 11 anos, é incorrigivelmente lógico (não à toa seu personagem favorito é o Dr Spock, da saga Star Trek) e aparentemente não dá a mínima pra humanas do sexo feminino. Completam a trupe Howard, um engenheiro que possui "apenas" um mestrado - sendo ridicularizado pelos amigos doutores por isso - e é mulherengo, apesar de ser um típico "pega-ninguém" e Rajesh, um astrofísico indiano que só consegue falar com mulheres (e homens afeminados, por sinal) quando está sob efeito de bebidas alcóolicas ou algum tipo de ansiolítico.

E tem a Penny. A Penny é uma "simples" garçonete que se muda pra Los Angeles com planos de se tornar atriz e acaba indo morar no prédio onde Leonard e Sheldon moram. Leonard se apaixona por ela e Sheldon, pra variar, a ignora como "ser pensante". E como todo bom nerd, Leonard se dá mal algumas vezes...

Os diálogos são todos cômicos, misturando ciência, quadrinhos, videogame, sci-fi, sarcasmo, trocadilhos e o Howard tentando se dar bem. A ambientação da sitcom se divide entre o apartamento dos garotos, o apartamento de Penny, os restaurantes que o quarteto frequenta, a loja de quadrinhos e o refeitório da faculdade - que me lembra muito o bandex da USP, em termos de nerdisse, lol -, além dos quartos de Howard e Rajesh às vezes.

Eu não entendo nada de Física, mas adorei o seriado. E enquanto eu gargalhava com o Sheldon e seu peculiar trato com as pessoas, eu lembrei que com 12 anos eu era um toco de gente insuportavelmente explicante - não conseguia deixar nada passar por mim sem uma explicação embasada articulada por mim mesma - e entendi, finalmente, por que eu tenho o rótulo de nerd desde esta idade. Pelo menos hoje eu gosto de ser identificada como uma...