Ah, as listas…

Eu odeio listas.

Ok, vamos ser francos: algumas listas são úteis. Lista de compras do supermercado, por exemplo. Minha mãe acha impressionante o fato de eu ir no supermercado com uma lista e voltar pra casa sem ter adicionado nenhum item a mais na sacola. Lista dos artigos que eu preciso xerocar na faculdade é outro exemplo bom: quando eu tenho dezenas de artigos pra xerocar e uns R$ 3 na carteira preciso selecionar o que eu vou pegar pra ler primeiro. Também dá certo. Meu problema com listas começa quando eu tenho a brilhante ideia de escrever coisas que eu preciso fazer.

Eu sou uma pessoa extremamente ansiosa. Isso fica claro pela quantidade de coisas que eu começo a fazer porque preciso fazer isso agora pois se eu não fizer agora um filhote de ornitorrinco vai morrer na Austrália e depois de uns cinco minutos a coisa fica lá, parada na metade. Então imagine a angústia da pessoa quando começa uma lista de coisas a fazer.

A prerrogativa da lista não é organizar eventos por tópicos. A lista existe para que possamos riscar os itens completados. Podem notar: não há nada melhor do que riscar um item de uma lista qualquer. Pode até ser a ordem em que a comida é colocada no prato:

Arroz
Feijão
Bife acebolado
Purê de batata
Salada de alface com tomates

Enquanto não se risca a salada de alface com tomates da lista é impossível sentar-se à mesa pra saborear a deliciosa refeição…

Esse é um dos motivos pelos quais eu desisti de fazer resoluções de ano-novo. Nunca dá certo, nunca dá tempo, etc, etc. Mas eu já falei pra vocês que eu sou meio cabeça-dura? Então.

Eu comecei uma lista de coisas pra fazer e o primeiro item era atualizar o Litteraria. Aliás, preciso ir pagar o boleto do Registro.br senão vou perder o domínio do blog.

Olha aí: foi só eu anotar o primeiro item que já tive que colocar um sub-item. Listas são maldições. Mas continuemos.

No tópico atualizar o Litteraria, além do sub-item citado acima, é preciso criar mais um sub-item com os assuntos que eu quero escrever. Pronto, fudeu. Comentei no Twitter que eu tenho um monte de ideias pra escrever antes de dormir, mas quando acordo todas elas já se foram. Então num esforço hercúleo pensei em coisas interessantes que me passaram pela cabeça nos últimos meses e que dariam bons artigos pra escrever aqui. Então chegamos a uma pequena lista:

- Fringe (seriado);

- House, MD (seriado);

- A mídia e seus textos tendenciosos [esse eu pensei ontem depois de uma manchete da Foia de Sum Paulo];

- Uma resenha sobre dois episódios do seriado Bones que estão em temporadas diferentes, mas são definitivamente complementares;

- O restante da análise/interpretação da música The Bottom Line que eu comecei aqui [essa, aliás, foi uma sugestão do Samej Spenser];

- Impressões sobre a viagem pra Curitiba desse ano;

- O uso de pleonasmos meio consagrados na língua portuguesa [vai ser nerd na pqp, né?];

Esses são os itens definidos. Porém – sempre tem que ter uma adversativa no meio, né? – eu tenho ainda uns temas de artigos meio indefinidos na cabeça, como resenhas e traduções de músicas. As primeiras fazem parte do meu exercício acadêmico, hahahahaha, e as segundas são uma paixão que eu cultivo desde que comecei a aprender inglês, há longos 14 anos.

(14 anos??? mein gott, tou velha!)

E agora lá vai o drama – meu namorado me chama de rainha do drama, hunf – com as listas: desde que a única utilidade de listas é risca-las, eu não vou conseguir ter uma boa noite de sono se eu não riscar todos esses itens, um por um. [mentira, eu não durmo bem há semanas]

E eu vou riscar aqui mesmo, nesse post, assim que eu publicar os artigos. E vou deixar o link, porque eu sou teimosa…

Agora deixem-me ir à lotérica pagar o boleto antes que eu force o blog a voltar pro domínio do Blogspot…