sábado, 7 de fevereiro de 2009

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Depois de todo o esforço, passei na USP, pra Letras noturno.
Fiquei feliz, muito feliz. E ainda estou.

Mas agora está começando a não fazer diferença nenhuma. A moça inteligente entrou numa universidade pública; é o que se espera, não é?
Não é a mesma coisa de quando eu entrei na Fundação, sem estudar, em 9º lugar. É melhor. Mas agora o ritmo tá normalizando. Não me sinto melhor do que ninguém por isso. Me sinto feliz, pelo jeito que as coisas irão rumar agora. Vai mudar um monte de coisas.

Mas ainda assim, não faz mais diferença nenhuma. Ainda assim, não me sinto tão inteligente. Me parece completamente normal. Não espanta mais ninguém... nem a mim mesma.

3 comentários :

  1. Caraaaaaaaaaaaaaaalho!
    É nóis na fita, no cd, e no mp15!
    Meu, vi um filme chamado "poder além da vida" e lá tem uma frase q diz "a felicidade mora na caminhada, e ñ no destino".
    O sonho virou realidade, e a realidade é normal.
    P.S.: mas nas mentes das pessoas, por mais q elas ñ digam, mas fica aquela inveja e orgulho de nós, mas o + importante é vc estar feliz, independente do q pensa ou diz os outros.

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  2. Depois da euforia, depois da matricula e contando uma semana a frente, muita coisa muda.

    Tenho passado por um momento de descontentamento e indecisão, as vezes me pergundo se ao certo estou no lugar certo.

    Vemos agora o que a arte tem representado dentro da universidade pública, o que restou ao livre conhecimento e a crítica.

    A infra-estrutura está caótica enquanto na FAU, brilham pisos de mármore.

    Até quando viveremos em uma sociedade que nega a filosofia e as socias no ensino fundamental, que nos ensina que a arte é pintura com lápis de cor?

    Acho que é nosso dever, agora que de fato fazemos parte de um grupo crítico e de livre pensamento, indagar sobre essas questões.

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  3. Elise, achei muito inteligente e interessante quando o RSM diz "o sonho virou realidade e a realidade é normal". É assim mesmo. Também acho que as pessoas não são melhores porque estudam em escolas públicas. Veja a burguesia deste país passaram pela USP, mas realmente fizeram a diferença num sentido positivo, social? Na verdade não. Não a faculdade que fará estudante. Não é o fato de você estudar em uma pública (estadual, federal, internacional) que fará de você uma pessoa importante. Se tornar uma profissional brilhante dependerá do seu empenho, do seu esforço, do seu comprometimento.Conheço pessoas brilhantes e que admiro muito, que não se formaram em uma pública. Da mesma forma, acho que o que nos torna especial e importantes é a forma com que nos relacionamos com as pessoas: com ética e respeito. Achedito que você chegará ainda mais longe, porquem tem potencial, determinação e não tem medo de encarar os desafios. Essas atitudes, para mim, te tornam especial.

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