quarta-feira, 24 de março de 2010

Rapidinhas

- Depois de ter escrito sobre o Não gosto de plágio aqui no Litteraria, eu me deparei com uma tradução da Denise Bottmann. Trata-se do livro Modernismo – Guia Geral (1890-1930), com organização de Malcolm Bradbury e James McFarlane, lançado pela Companhia das Letras. Folheando o livro, me deparei com a folha de rosto citando o nome da Denise como tradutora e soltei um “uia, que legal!” pra mim mesma…

- Falando em livros, eu arrumei um estágio numa editora. Não é o estágio a que eu me referia quando me afastei do blog recentemente (aliás, descobri que a minha conjuntivite é alérgica e eu posso agradecer ao ar poluído de SP por ficar com o olho esquerdo inflamado e coçando pelo menos uma vez por semana…), pois aquele estágio era na Cultura Inglesa e eu, por motivos que só a Natureza em sua infinita sabedoria poderia explicar, não passei no teste escrito em Inglês. Mas na semana seguinte compareci a outra entrevista de estágio, e nesta eu fui mais feliz. Estou estagiando desde o dia 08 de março na Editora Scortecci, na área de diagramação e editoração. Eu gosto de dizer que eu transformo rascunhos sem formatação no Word em livros prontos pra serem impressos, mas acho que é meio pretensioso, rs…

- Ainda falando em livros, a Abril está relançando a coleção de clássicos, e eu surtei – de verdade – quando eu vi qual era o livro que inaugurava a coleção: Crime e Castigo, do Dostoiévski, em tradução de Rosário Fusco. Ok ok, a tradução é do francês e não do russo, mas eu desafio qualquer pessoa a ler o primeiro capítulo desta edição e não conseguir formular uma imagem mental vívida da miséria em São Petersburgo… =D

- Tenho um artigo sobre um seriado engatilhado aqui, só precisando de uma lapidada pra poder publicar. O nome do seriado é Bones. Alguém conhece?

- Estou estudando Modernismo desvairadamente (e que Mario de Andrade me perdoe a expressão, rs), e até que estou me dando bem – achei que eu ia me dar mal em Literatura, só não me perguntem o porquê. Mas ainda não consegui enfiar na cabeça por que é que eu estou estudando Modernismo ao invés de Barroco. Sério mesmo. Na USP nós temos Modernismo em Literatura Brasileira I – e imagino que vou terminar o curso lendo a carta de Caminha… =P

- Um mês de aula de Alemão e a palavra que eu mais gosto de falar é sprechen. Esse /ch/ do meio da palavra parece amigável, mas eu levei uns vinte dias pra conseguir pronunciá-lo. O fonema - [ç] no Alfabeto Fonético Internacional, que não tem nada a ver com o nosso cedilha - não existe no português. Daí quando eu consegui falar sprechen (que ironicamente significa “falar” em alemão) ela virou a minha palavra favorita. Isso até eu aprender a falar verheiratet, “casado”!

- Semana que vem é a Semana Santa, portanto não tem aula na USP. E eu tô feliz com isso! Sério: eu não abro os meus blogs favoritos pra ler desde que entrei na Scortecci… tô virando adulta, hihi! Isso é legal. Daí como eu não terei aula à noite, vou poder atualizar a leitura dos meus favblogs.

Acho que não faltou nada… =D

sábado, 13 de março de 2010

Noite de sexta-feira

Eu já havia percebido o quanto as noites de fim de semana em São Paulo são movimentadas na época em que eu saía à noite. Mas desde que eu me vi envolta (por vontade própria =P) num casulo acadêmico, eu deixei de sair à noite com frequencia. Pra dizer a verdade, a última vez que eu saí à noite foi em dezembro passado, pro aniversário da Camila. Então virei espectadora, e hoje vi coisas muito interessantes.

terça-feira, 2 de março de 2010

Plágio é crime, Landmark!

Este caso já deve ser de conhecimento geral na blogosfera, mas eu não posso deixar de me manifestar sobre o assunto.

Há alguns dias eu li no Orkut, na comunidade Letras – USP, que a editora Landmark estava processando a blogueira Denise Bottmann por causa de um artigo publicado em seu blog, o Não Gosto de Plágio, onde ela, uma tradutora experiente, denuncia casos de plágio que encontra. Daí eu fui ver do que se tratava e, quando terminei de ler a notícia, senti a indignação correndo pelas minhas veias.

A tal editora Landmark, juntamente com seu diretor, sr. Fabio Cyrino (que assina a “tradução” dos livros citados por Denise no blog), entrou com um processo na Justiça contra Denise e contra Raquel Sallaberry, do blog Jane Austen em Português, pedindo uma indenização vultuosa por danos morais e materiais, querendo que o processo corresse em segredo de justiça (pra ninguém ficar sabendo, já que ambas não poderiam falar sobre ele), e ainda pedindo A IMEDIATA REMOÇÃO DOS BLOGS da internet, invocando um tal de “direito ao esquecimento” e com antecipação da tutela do mérito (ou seja, tirar o blog do ar antes de correr a ação).

Eu fiquei indignada, por ser blogueira, por ser estudante de Letras – futura tradutora de Goethe, hehe -  e por ser uma cidadã consumidora de livros. Ao mover a ação contra ambas, Denise e Raquel, a editora parece querer remover qualquer rastro que dê conta de que eles se utilizam da prática do plágio em suas edições. E como todos sabem, isso é crime, além de ser uma idiotice sem tamanho. E ainda, pra piorar, fere a liberdade de expressão das duas, num ato que eu só posso classificar como censura.

A Lulu, do Coruja em teto de zinco quente, escreveu um artigo sobre o assunto (Direito ao esquecimento), o qual eu recomendo a leitura para entender sobre esse tal direito ao esquecimento (e porque ele soa tão absurdo neste contexto). E também por meio do Coruja eu soube que há um manifesto de apoio à Denise no Petition online. Para quem quiser ler o manifesto e assiná-lo, é só clicar aqui.

Eu já assinei… =D

 

(Ps.: Pra entender direitinho como a Denise descobriu o plágio da Landmark, há um artigo sobre o assunto no blog criado por um grupo de pessoas em apoio a ela. O nome do artigo é Afinal, do que Denise Bottmann está falando?.)