Eu já havia percebido o quanto as noites de fim de semana em São Paulo são movimentadas na época em que eu saía à noite. Mas desde que eu me vi envolta (por vontade própria =P) num casulo acadêmico, eu deixei de sair à noite com frequencia. Pra dizer a verdade, a última vez que eu saí à noite foi em dezembro passado, pro aniversário da Camila. Então virei espectadora, e hoje vi coisas muito interessantes.
Eu estava voltando da faculdade (é, acabei ficando no período da noite) com o ônibus que vai pela Rua Augusta e atentei para o movimento que acontece por toda a extensão dela. Eu nunca percebi o quanto os jovens (e outros nem tão jovens assim) costumam ocupar as noites de sexta-feira. Na minha lógica esquisita a sexta-feira ainda é um dia da semana, então eu costumava pensar que as coisas aconteciam só no sábado. Mas as coisas também acontecem na noite de sexta, e são coisas legais de se ver.
Na Rua Augusta há uma porção de bares, padarias e boates. Mas parece que o divertido é ficar do lado de fora. As pessoas simplesmente ficam na calçada, em grupos, conversando e, pelo que eu vi, se divertindo bastante. Sempre chega alguém com uma cerveja, divide com todo mundo, daí chega mais um e o papo vai ficando animado. Alguém estaciona um carro, abre o porta-malas e liga o som, não tão alto porque dá encrenca fazer muito barulho na rua depois das 22h. Chegam mais pessoas e ficam lá curtindo, alguns vão embora (pra outras baladas, talvez?), outros voltam…
Sei que quando há pessoas aglomeradas em algum lugar às vezes acaba saindo briga. Mas até onde eu vi o movimento, não presenciei nenhum estranhamento entre nenhuma das pessoas que estavam por lá. Só vi divertimento. Pessoas felizes por estarem à noite numa rua movimentada, com amigos, conhecidos ou fazendo amizades naquele estilo “chega mais, não fica aí sozinho não”.
Fiquei alegremente surpresa em perceber que esta cidade cinzenta tem vida, nem que seja à noite. Deu até vontade de descer do ônibus e me juntar ao povo da sexta, mas eu tinha que voltar pra casa, hehe… daí aproveitei o ensejo pra escrever este pequeno artigo.
[Aliás, eu lembrei de uma coisa que enlutou o dia de hoje. Glauco… quando abri o Twitter hoje de manhã a L&PM havia twittado a notícia do assassinato do cartunista e de seu filho. Fiquei triste com isso. Na faculdade meus colegas estavam perplexos. Não posso dizer que sou entusiasta do trabalho do Glauco na Folha de São Paulo, mas eu gosto das tirinhas, são muito legais. Até tenho um livrinho do Geraldão que o Nei me emprestou (ou deu, sei lá) faz um tempão. Foi uma perda muito grande, e de uma forma completamente estúpida.]
Olá, Elise!
ResponderExcluirInteressante o seu texto! Sabe que eu também tenho essa sensação de que as coisas só acontecem no sábado à noite? Mas, pelo contrário, vejo que há agitação na cidade (e olha que estou tomando Itu como referência) praticamente todas as noites da semana.
Nem em minha época "boêmia" - na medida do possível - eu conseguia sair tanto! Veja por pessoas que trabalham comigo: alguns vão trabalhar na quinta-feira praticamente chegando direto da balada! Não tenho esse pique todo não. risos
Um abraço!
Oi Adelson!
ResponderExcluirAqui em São Paulo há agitação também em outros dias - na Augusta, pelo menos; já cheguei a ter de voltar de taxi pra casa numa terça-feira porque o meu ônibus empacou na Augusta e eu perdi o outro, o último... Eu também não tenho mais tanto pique de sair muito, acho que estou meio sedentária... hehehehe!
Um abraço, e obrigada pelo comentário! =D