sábado, 15 de maio de 2010

Ludwig e o amor…

Mein Engel, mein alles, mein Ich.
(Meu anjo, meu tudo, meu próprio Eu.)

Ludwig van Beethoven

E então eu assisti Minha Amada Imortal semana passada e fiquei maravilhada. Gary Oldman esteve ótimo interpretando Herr Beethoven… mas o que me deixa maravilhada em se tratando de Beethoven, tirando a 9ª Sinfonia (que eu insisto em chamar de An die Freude, en detrimento do nome em inglês Ode to joy, que vem a dar no mesmo, exceto pelo fato de Beethoven ser alemão), são as três cartas que ele escreveu à sua Unsterbliche Geliebte, sua amada imortal.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Endeixa

Dica: ignorem o vídeo e aproveitem a música…

Pois meus olhos não cansam de chorar
tristezas, que não cansam de cansar-me;
pois não abranda o fogo em que abrasar-me
pôde quem eu jamais pude abrandar;

não canse o cego Amor de me guiar
a parte donde não saiba tornar-me;
nem deixe o mundo todo de escutar-me,
enquanto me a voz fraca não deixar.

E se nos montes, rios, ou em vales,
piedade mora, ou dentro mora Amor
em feras, aves, plantas, pedras, águas,

ouçam a longa história de meus males
e curem sua dor com minha dor;
que grandes mágoas podem curar mágoas.

 

Os sonetos de Camões não possuem título, então convenciona-se a adotar o primeiro verso como título. Endeixa foi utilizado pela cantora Ana Moura ao musicar em forma de fado um poema pouco conhecido do autor d’Os Lusíadas.