Hoje deu vontade de falar sobre uma coisa que eu cultivo desde adolescente e pela qual eu sou completamente apaixonada: a tradução. Algo que começou como brincadeira, um exercício impulsionado pela curiosidade, e acabou se tornando a minha escolha profissional.
Como o espaço aqui é meio curto, hehe, vou falar sobre tradução de músicas, que foi onde a brincadeira começou.
Quando eu tinha 12 anos ganhei uma bolsa de estudos no CCAA e fiz quatro meses do curso de Inglês. Desde então, tudo o que eu aprendi nessa língua foi na raça, ouvindo músicas dos Backstreet Boys e das Spice Girls e traduzindo todas elas com a ajuda do dicionário Collins que meu pai trouxe dos EUA antes que eu pensasse em nascer e que eu tenho até hoje. Isso virou uma paixão à medida em que eu cresci e meu conhecimento em inglês ficou bom a ponto de agora eu conseguir conversar com um americano e assistir filmes sem legenda ou ler um livro em inglês recorrendo poucas vezes ao velho Collins.
Alguns anos depois entrei num curso de Francês, mas também cursei só 4 meses. Acabei fazendo o mesmo que fiz com o Inglês, mas numa intensidade menor: hoje sou capaz de ler – não muito – e até entendo razoavelmente bem o Francês, mas falo e escrevo muito pouco, quase nada, na verdade.
Quando entrei na USP pra fazer Letras, já estava decidido que eu iria seguir a carreira de Tradução. Mas acabei mudando de idioma: entrei querendo continuar com o Francês, mas depois de uma aula de Introdução aos Estudos Literários onde descobri que houve na Alemanha do século XVIII um movimento literário intitulado Sturm und Drang (Tempestade e Ímpeto), decidi mudar o bacharelado para Português e Alemão.
Estranhamente, com o passar do tempo, eu parei de traduzir músicas. Talvez com a facilidade da internet, onde basta jogar o nome da música no Google e a tradução aparece, eu tenha relaxado um pouco. Mas esses dias – anteontem, pra ser exata – bateu uma saudade imensa de traduzir as músicas que eu ouço.
Então hoje eu resolvi vir até aqui e voltar a fazer isso. Quero tentar postar pelo menos uma tradução por mês. Digo pelo menos porque sei que consigo traduzir mais do que uma música por mês, claro, mas o final do semestre tá quase chegando e, como já é sabido por vocês, leitores, esta que vos fala enlouquece com tantos trabalhos e provas a fazer.
Pra terminar, deixo vocês com a tradução bem pequena. Escolhi o trecho de "Breathe in the air", do Pink Floyd, que aparece no final da música "Time" e que é creditada como "Breathe – Reprise".
Home, home again Em casa, em casa de novo, =)
I like to be here when I can
When I come home cold and tired
It's good to warm my bones beside the fire
Far away across the field
The tolling of the iron bell
Calls the faithful to their knees
To hear the softly spoken magic spells
Gosto de estar aqui quando posso
Quando chego em casa com frio e cansado
É bom aquecer meus ossos ao lado do fogo
Lá longe, do outro lado do campo
O tocar do sino de ferro
Chama os fiéis a ficarem de joelhos
Para ouvirem feitiços numa voz suave
Gostei dessa 'coluna'. Faça mais vzs qnd der =)
ResponderExcluir=)
ExcluirGostei muito dessa coluna também. Me interessei bastante, estou entrando no mesmo processo de tradução de músicas também. Acho muito muito interessante estudar novas línguas
ResponderExcluirOlá, Victor! Eu acho que traduzir músicas é o melhor jeito de entrar em contato com outras línguas. Estou tentando regularizar as postagens aqui no blog, e vou colocar outras músicas traduzidas.
ExcluirUm abraço, e obrigada pela visita!