Faz muito tempo que eu estou enrolando pra escrever este post. A primeira vez que eu comecei, ele estava quase todo pronto quando a minha [falta de] habilidade fez com que eu perdesse o artigo inteiro. Mas lá vamos nós de novo. Hoje eu vou contar como foi o dia em que eu vi de perto um dos membros da banda que eu mais amo no mundo: Andrew Fletcher veio discotecar em São Paulo, e a coisa toda deu-se no Estúdio Emme, em Pinheiros.
Tudo começou quando eu recebi uma atualização da fanpage do Depeche Mode no Facebook dando conta de que o Fletch faria um DJ Set único aqui no Brasil. Eu confesso pra vocês que eu nunca tinha prestado atenção nele, só sabia que ele era uma espécie de manager do grupo, além de ficar no palco apertando uns botões de vez em quando. Só que se considerarmos que eu estava esperando por qualquer coisa vinda do Depeche Mode desde que eles cancelaram o show em 2009, dá pra ter uma ideia do quanto eu surtei quando vi isso.
Flyer do DJ Set do Andrew Fletcher no Emme
Eu resolvi que eu ia, nem que eu tivesse que passar o resto do mês a pão e água, dependendo do valor do ingresso. Mas nem foi tão caro assim: R$ 50 o primeiro lote, com vendas pela internet. Devo dizer que o meu ingresso estava entre os primeiros, hehehehe.
Daí eu comentei no Twitter [comentar, não, Elise, você surtou feito uma louca, e não foi só no Twitter, hehehehe] que eu iria, e a Aline, minha fiel escudeira, disse que iria comigo. Pra garantir, voltei lá no site e comprei o ingresso dela.´
Depois disso, só restou esperar que o dia 14/10 chegasse. Essa coisa toda aí em cima deu-se no final de Setembro. E o dia 14/10 chegou.
Diferente do que eu fiz quando o Alan Wilder veio com o Recoil pra tocar no Inferno Club – eu preferi ficar na faculdade fazendo prova e me arrependi amargamente, porque nem fui bem na tranqueira da prova – eu faltei na aula de Literatura Portuguesa pra poder organizar tudo. Iria buscar a Aline em Santo André à tarde, compraria o último álbum deles na Metal pra tentar conseguir um autógrafo, haha, e de lá iríamos para Pinheiros. Depois, de lá, encontraríamos alguns colegas meus no metrô e subiríamos todos para o Emme.
Oportunidade única! Veja a Elise usando maquiagem!
Paramos no metrô, onde tirei a foto acima, e algum tempo depois encontramos o grupo que seguiria para o Emme. Daí subimos, comentando sobre o Depeche Mode e o que esperávamos do DJ Set. Eu ficaria satisfeita se o Fletcher tocasse as mesmas músicas que havia tocado em outras ocasiões.
Chegamos no Emme e fomos retirar os ingressos. Pena que não consegui ficar com o meu, porque eles pegam os ingressos e não devolvem nem a filipeta. Mas como eu sou uma criatura meio hiperativa e deslumbrada…
Os dois ingressos, o meu e o da Aline
Entramos, estava tocando algumas coisas dos anos 80. Guardamos as bolsas, pegamos uma Smirnoff Ice cada uma, e bora esperar pelo Fletch. Lá dentro estava abafado, então uns 10 minutos depois saímos pra tomar um ar. A essa altura eu estava bem ansiosa. Alguns minutos depois, alguém aparece e diz “em cinco minutos o Fletcher entra”. Pronto. Gelei, comecei a tremer e quase saí arrastando a coitada da Aline pra dentro. Achei que ia ter que abrir caminho no tapa, mas não foi preciso: eu consegui me postar bem em frente à mesa colocada no palco. E daí ele entrou.
Eu já disse aí em cima que eu sou meio hiperativa e deslumbrada. Então tentem imaginar o que eu senti quando ele apareceu no palco, acenou e começou a tocar. Pode parecer uma bobagem sem tamanho, mas eu estava a menos de dois metros de distância de um dos membros fundadores da banda que eu mais amo na vida. Dá pra imaginar o que é isso? Nos primeiros minutos eu não conseguia fazer mais nada a não ser ficar parada feito uma retardada olhando pra ele e pensando “putz, eu consegui”. Daí eu despertei do “transe” e saquei a câmera pra tirar fotos. E tive um acesso de raiva porque a minha [agora ex] câmera é tão podre que TRAVOU. Não tirava foto nem com reza brava. Se eu já não tivesse conseguido tirar as fotos acima, eu teria atirado aquela porcaria no meio da pista. Em vez disso, eu respirei fundo e saquei o celular do bolso.
Pra vocês terem uma noção do quão perto eu estava, olhem a foto abaixo. Ela foi tirada sem zoom; eu apenas apoiei a minha mão na mesa e bati a foto.
Ladies and gentleman, Mr. Andrew Fletcher, from Depeche Mode
Depois das fotos, eu guardei o celular e me entreguei à música. Ele tocou uns remixes bem estranhos das músicas do Depeche Mode, mas eu não estava mas nem aí se eu conhecia a música ou não. Eu estava feliz, eu só queria dançar. Durou umas duas horas, por aí. E eu soube que estava acabando quando ele colocou Blue Monday, do New Order, pra tocar. Essa era a indicação de que ele iria tocar todas as música que eu queria ouvir.
Quando começou a tocar Dreaming of Me, eu sabia que era a última música. Pena… mas aí soubemos que ele iria encontrar os fãs do lado de fora do Emme para uma foto coletiva. E lá vai eu arrastando a Aline comigo pra fora. Eu já tinha dado o encarte do SOTU pra Aline ficar de prontidão caso aparecesse alguma oportunidade dele autografar… enfim, fomos lá pra fora, e enquanto esperávamos conheci o responsável pelo Depeche Mode Brasil. Gente finíssima, ele. Daí vimos a porta se abrir… e o Fletch sair quase tropeçando porta afora. A foto coletiva havia sido cancelada por motivos de “cansaço” [tá, sei], e só o vimos entrando no carro e saindo.
Depois disso só restou as conversas com outros fãs do Depeche Mode e a volta pra casa. Conheci uma porção de gente, doidos como eu pela banda, e mantemos contato pelo Facebook desde então.
Aliás, numa destas conversas, eu soube que o Fletch prometeu que a banda virá para o Brasil na próxima turnê “for the sake of the last tour” [para compensar pela turnê passada]. Isso está gravado num vídeo feito pelo Jean:
Foi divertido, foi cansativo [duas horas de pé dançando não é pra qualquer um, hahaha], foi emocionante. Não foi como seria num show do DM, é ÓBVIO, mas foi muito legal. E eu faria tudo de novo, inclusive o deslumbramento e a histeria. Aliás, eu fiz quase exatamente a mesma coisa quando o De/Vision veio pra cá.
Não tem jeito. Eu tento me conter, mas sou totalmente pirada.
kkkkkkkkkk... Eu li e não consegui deixar de pensar na Gegê e sua Grey Goose! kkkkkkkk
ResponderExcluirNé? Hahahahahaha =P
ExcluirEu nem incluí aqui a intenção do morango, porque certas coisas a gente deixa baixo! =P
Valeu pela visita, Laine! :D
Li agora. Sua empolgação e sua emoção com esses eventos é fantasticamente fofa. :*
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