terça-feira, 12 de abril de 2016

A louca dos dispositivos móveis foi viajar…

Já fazia quase um ano que eu não punha meus pés em Curitiba. Considerando que desde 2004 eu vou pra lá pelo menos duas vezes por ano, eu já estava entrando numa, digamos, crise de abstinência sulista. Mas o que fazer quando a grana tá curta?...

Na quarta-feira eu liguei pro meu pai pra jogar conversa fora, falar dos meus projetos etc. Lá pelas tantas surgiu a pergunta:

- Quando você vem pra cá?

A resposta...

- Quando eu tiver dinheiro…

O que se seguiu foi um planejamento do lado de lá que se juntou a ideias do lado de cá e, de repente, ei-la:

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OK, vou viajar.

Na quinta-feira eu acordei com o modo secretina ligado. Fui resolver algumas coisas e passei o dia todo ocupada. Consegui parar pra fazer mala e me arrumar umas duas horas antes de sair de casa. Nesse meio tempo eu não parei pra colocar nem celular nem tablet pra carregar. Ou seja, eu provavelmente ia ficar incomunicável antes de chegar na parada em Registro e isso seria MUITO ruim. Mesmo assim, enfiei os dois na bolsa junto com o carregador (que é um cabo USB que se acopla a uma tomadinha, vocês provavelmente sabem do que eu tô falado) e hey ho let's go pra rodoviária. (Agradecimentos especiais ao meu irmão que me acompanhou até o ponto de ônibus ^^)

Entrei no ônibus, paguei a passagem e sentei no banco alto. E me deparei com um treco aceso na parede do ônibus.

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A primeira coisa que eu pensei foi “eba, uma tomada!”. Daí eu provavelmente produzi uma evidência de que eu possuo genes neandertais: peguei meu carregador e tentei plugar ali. É óbvio que não deu certo, porque o carregador tem um padrão de dois pinos redondos. Xinguei o imbecil do engenheiro elétrico que botou aquela tomada do tempo do meu bisavô num ônibus do século 21 e catei o tablet pra tirar uma foto desse disparate e xingar muito no Instagram. Tirei a foto acima, mas antes mesmo de ver como a foto ficou as cavidades da tomada me pareceram muito familiares. Olhei mais de perto e comecei a ME xingar.

A tomada inútil era, na verdade, um par de entradas USB.

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Shame on me, mas pelo menos eu ia chegar na rodoviária com um pouco de carga no tablet, pelo menos.

Daí fui feliz e contente pra rodoviária do Tietê, retirei a passagem etc. Desci para a Sala Vip da empresa de ônibus e fiquei lá, esperando, daí o ônibus chegou e eu fui sentar na minha poltrona, pensando em economizar a bateria pra chegar tudo inteiro em Registro. E tive uma surpresa muito boa quando o motorista disse que tinha tomada USB na poltrona!

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Resultado: passei as próximas seis horas ouvindo podcast feliz e contente com carga no tablet carregando os meus dispositivos móveis e cheguei em Curitiba com carga suficiente pra avisar todo mundo que eu estava viva, bem e a salvo… e com uma leve desconfiança de que estou sendo dominada pela minha tecnologia pessoal.

Minha estadia em Curitiba foi curta, mas deliciosa, como sempre. Voltei pra casa hoje, meu irmão foi me buscar na rodoviária já que eu trouxe praticamente a mudança dele inteira comigo, mas sem carga no celular, porque no ônibus que me trouxe de volta não tinha carregador na poltrona. Acho que não vou pegar mais aquele ônibus.

3 comentários :

  1. Enquanto isso este capiau que vos escreve tem que lidar com um ônibus sempre lotado, no qual eu terei a sorte de encontrar uma porta de saída no meio, e um ventilador furreco funcionando de vez em quando.

    Cidade do interior é assim né. xD

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  2. Só você mesmo. Beijo da tia.. kkkkkkkkkk

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  3. Tsc, tsc, como sobreviver sem tomadas USB nos ônibus? Que absurdo, não ?

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