Ali em cima, no menu, há um link para a lista de artigos que eu fiz sobre meu fanzine literário, o Libélula. Recapitulando um pouquinho, ele existiu entre 2002 e 2006 e foram quatro edições. Além dele, e pouca gente sabe disso, eu tinha o Summertime, que era miúdo, quatro edições também.
Depois do fim do Libélula e do Summertime eu parei com tudo. Fui fazer faculdade, já trabalhava, fiquei sem tempo, ou grana, sei lá. Daí o tempo foi passando e eu só lembrava com uma certa saudade sobre como era publicar alguma coisa, ou pelo menos fazer alguma coisa que não fosse faculdade ou trabalho. Nisso o Litt ajudava um pouco, quando eu parava pra postar alguma coisa.
Ultimamente venho conversando sobre as coisas que eu gosto de fazer com a minha psicóloga, relembrando o que me move nessa vida. É algo bastante produtivo, eu fico com raiva às vezes, outras só triste, mas isso faz parte do processo. Nós conversamos principalmente sobre como eu me sinto fazendo alguma coisa, e como eu me sentia fazendo outras.
Então um dia apareceu pra mim uma notificação da página no Facebook da Fariaria, a editora de livros artesanais [e inusitados! =)] do Victor, um antigo colega de faculdade, sobre uma exposição de fanzines, o Ugra Zine Fest. Olhei… olhei… olhei mais um pouco, não confirmei presença mas mandei um convite pro Cesar, amigo de longa data e que praticamente foi um tutor pra mim nos meus primeiros passos no mundo fanzineiro, olhei mais uma vez e fechei a página. Mas fiquei pensando um pouco no assunto. Daí fui pra casa da minha mãe, e procurando alguns livros tropecei na minha pasta de fanzines. Enfiei na mochila, quando cheguei em casa confirmei presença no evento e na consulta seguinte a isso eu praticamente só falei sobre eles.
Fazer fanzine é uma coisa muito gostosa. Pelo menos até onde posso me lembrar. Na verdade, acho que fazer qualquer coisa que requeira criatividade é uma coisa muito gostosa. Provavelmente eu parei com tudo porque eu não tinha grana pra manter esse hobby do jeito que eu queria, visto que tirar xerox já era caro naquela época, comprar selo também. Envelopes a gente fazia com qualquer coisa, e quando eu digo qualquer coisa é qualquer coisa MESMO. Uma vez recebi uma carta da Fernanda Meireles (diva! curtam a página da Loja sem Paredes no Facebook!) com um dos fanzines que ela fazia, o Esputinique, cujo envelope eram folhas de papel sulfite que haviam sido usadas pra xerox e algo havia dado errado, então ela simplesmente grudou as folhas com fita, botou meu endereço, selou e me mandou a carta. Eu adorei, guardei e mantenho comigo até hoje.
Mexendo nos fanzines, nas cartas, em tudo aquilo que ficou pra trás e que já me fez bem um dia, eu tive um leve (aham, leve, sei) ataque de siricotico. Por que eu não estava fazendo nada disso? Dez anos já se passaram (Time, do Pink Floyd, mode: on), eu com certeza não sou mais a mesma, mas o siricotico ainda estava ali. Olhar pros fanzines e ficar com vontade de produzir alguma coisa ainda estava ali. De alguma forma, a Elise que já tinha feito tudo aquilo acontecer antes ainda estava ali. Mesmo que entre 2002 (quando eu comecei a fazer fanzines) e agora eu tenha mudado em alguns (muitos) aspectos, ainda tem alguma coisa aqui dentro que permanece a mesma.
Daí então eu fui ao Ugra Zine Fest. Acho que meus olhos brilhavam… Vou deixar as fotos falarem por mim.
Ainda consegui rever o Victor…
…e finalmente conheci a Fernanda!
Há outra diferença entre a Elise de 2002 e a Elise de hoje: agora eu sei que tenho que ir com calma. Uma das coisas que eu aprendi fazendo terapia é que eu não preciso necessariamente fazer tudo ao mesmo tempo agora. Isso só me prejudica, no fim das contas, porque eu sou extremamente ansiosa. Então sim, deu siricotico. Sim, deu vontade de agarrar tudo o que tinha na feira e sair correndo. Mas eu fiquei pouco tempo lá porque eu tinha um freela pra terminar me esperando em casa, e não posso sair atropelando tudo senão não faço nada direito. Então fiz um trato comigo mesma. Eu vou voltar. Vou fazer arte de novo. Mas aos poucos. Já fui no festival, respirei fanzine de novo. Agora preciso botar o Litt em ordem. Depois, mandar uma carta pra Fernanda. Enquanto isso as ideias virão. Daí eu ponho em prática… e pronto.
Porque é simples. Eu é que compliquei tudo.
Créditos ao fotógrafo aquiiii! xD Que lindo moça. Você sabe que pra o que você quiser fazer eu vou te apoiar né? Num vou pressionar, mas você sabe que meus dons artrísticos, digo digo, artísticos, estão ao seu dispor. ^_^
ResponderExcluirE pelo que sei vendo teu quarto, falta de folha você não vai ter tããão cedo. Hehhehe
Ok... Créditos ao Alan Flamer que fotografou tudinho. ^_^
ExcluirFolha é o que não vai faltar mesmo, acho que eu acabei guardando tanta folha por tanto tempo por causa disso mesmo. Vai saber. Inclusive se chegar a faltar eu vou pegar de volta as que eu te dei. xD
Que lindinha a Lise empolgada :-)
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