Temos quatro dias de folga essa semana e eu só sei de duas coisas:
Sexta de manhã vou na Vila Prudente fazer um treco que eu já tô enrolando pra fazer;
Sexta à noite vou no aniversário do Gabriel, do Davi e da Rê no Central Plaza.
Quatro dias de folga e eu ainda acho que vou ficar enterrada dentro de casa, pra variar. Hoje foi aquele marasmo, não tinha muito o que fazer e nem consegui passar da primeira fase do Mario Bros. que eu instalei aqui no meu PC. Decadente.
Sexta de manhã vou na Vila Prudente fazer um treco que eu já tô enrolando pra fazer;
Sexta à noite vou no aniversário do Gabriel, do Davi e da Rê no Central Plaza.
Quatro dias de folga e eu ainda acho que vou ficar enterrada dentro de casa, pra variar. Hoje foi aquele marasmo, não tinha muito o que fazer e nem consegui passar da primeira fase do Mario Bros. que eu instalei aqui no meu PC. Decadente.
Decadente...
Eu sou uma nerd assumida, aliás, não se fala mais nerd, agora é geek, então eu sou uma geek assumida. Tão assumida e nem consigo pegar num livro pra começar a estudar sem o cursinho... Acho tudo muito chato, todas aquelas fórmulas, aquelas coisas de binômios e cossenos, mas enfim, pra passar na abençoada prova da Fuvest eu tenho que saber essas coisas, e o Nei vive me lembrando que a Fuvest é eliminatória, mesmo pro curso de Letras... ô porra, eu adoro estudar e até isso tá chato agora... eu queria sair e fico confinada, sem estudar nem fazer nada de mais útil, olhando os cachorros brigarem por causa de um bonequinho de borracha mesmo tendo um pra cada.
E daí eu me lembrei de uma coisa que eu falei pro Nei, eu achava o maior barato quando ele me falava das coisas que ele e o povo da ETE faziam, depois ele me disse que eu tava supervalorizando o que eles tiveram, que não era tanta coisa assim. Mas pelo menos eles têm história pra contar e eu morro de inveja, eu não tenho quase história nenhuma, o barato da minha vida era passar a noite acordada assistindo os programas educativos da Cultura e babar em cima das aulas de Gramática do Pasquale Cipro Neto, e agora nem uma coisa nem outra, eu nem estudo quando fico em casa, nem saio de casa quando não estudo. E nem arrumo nada, nem organizo nada...
Já pensei seriamente em voltar a tomar Prozac, mas eu iria emagrecer demais e esse pra mim nem é o maior problema, eu fiquei meio tapada quando tomei há quase três anos atrás, ficava tranquila e não escrevia umas coisas loucas como essa:
Quero um jeito de esquecer
O que eu queria tanto
E que não me cabe
Não é meu
Mas me pertence
Quero um jeito
Inusitado como eu
Estranho como eu
Bizarro como eu
Pra voltar
Pro que eu era
E passam-se as eras
E meu nome vai estar guardado no meio dos papéis que um arqueólogo vai encontrar
E dizer
“Essa era a poesia do século XXI”
Sem chance, cara.
Quero o meu jeito
A minha pele
A minha voz
O meu
De volta
Afaste-se
Pra eu
Esquecer.
Porque na verdade eu não tinha pretensão nenhuma, meu fanzine ia bem e eu trabalhava, e eu escrevia, e estudava, fazia uma porção de coisas. Mas não foi o Prozac que fez isso, fui eu mesma.
Falta de organização, ou falta de senso, eu tenho quatro dias pela frente e não sei nem se eu vou levantar daqui da frente desse PC daqui a cinco minutos pra fazer um café.
Nenhum comentário :
Postar um comentário