quinta-feira, 1 de maio de 2008

Qu'est-ce qui se passe?

Temos quatro dias de folga essa semana e eu só sei de duas coisas:
Sexta de manhã vou na Vila Prudente fazer um treco que eu já tô enrolando pra fazer;
Sexta à noite vou no aniversário do Gabriel, do Davi e da Rê no Central Plaza.

Quatro dias de folga e eu ainda acho que vou ficar enterrada dentro de casa, pra variar. Hoje foi aquele marasmo, não tinha muito o que fazer e nem consegui passar da primeira fase do Mario Bros. que eu instalei aqui no meu PC. Decadente.

Decadente...

Eu sou uma nerd assumida, aliás, não se fala mais nerd, agora é geek, então eu sou uma geek assumida. Tão assumida e nem consigo pegar num livro pra começar a estudar sem o cursinho... Acho tudo muito chato, todas aquelas fórmulas, aquelas coisas de binômios e cossenos, mas enfim, pra passar na abençoada prova da Fuvest eu tenho que saber essas coisas, e o Nei vive me lembrando que a Fuvest é eliminatória, mesmo pro curso de Letras... ô porra, eu adoro estudar e até isso tá chato agora... eu queria sair e fico confinada, sem estudar nem fazer nada de mais útil, olhando os cachorros brigarem por causa de um bonequinho de borracha mesmo tendo um pra cada.

E daí eu me lembrei de uma coisa que eu falei pro Nei, eu achava o maior barato quando ele me falava das coisas que ele e o povo da ETE faziam, depois ele me disse que eu tava supervalorizando o que eles tiveram, que não era tanta coisa assim. Mas pelo menos eles têm história pra contar e eu morro de inveja, eu não tenho quase história nenhuma, o barato da minha vida era passar a noite acordada assistindo os programas educativos da Cultura e babar em cima das aulas de Gramática do Pasquale Cipro Neto, e agora nem uma coisa nem outra, eu nem estudo quando fico em casa, nem saio de casa quando não estudo. E nem arrumo nada, nem organizo nada...

Já pensei seriamente em voltar a tomar Prozac, mas eu iria emagrecer demais e esse pra mim nem é o maior problema, eu fiquei meio tapada quando tomei há quase três anos atrás, ficava tranquila e não escrevia umas coisas loucas como essa:

Quero um jeito de esquecer
O que eu queria tanto
E que não me cabe
Não é meu
Mas me pertence

Quero um jeito
Inusitado como eu
Estranho como eu
Bizarro como eu
Pra voltar
Pro que eu era

Era
E passam-se as eras
E meu nome vai estar guardado no meio dos papéis que um arqueólogo vai encontrar
E dizer
“Essa era a poesia do século XXI”

Sem chance, cara.

Quero o meu jeito
A minha pele
A minha voz
O meu
De volta

Pretensão:

Afaste-se
Pra eu
Esquecer.


Porque na verdade eu não tinha pretensão nenhuma, meu fanzine ia bem e eu trabalhava, e eu escrevia, e estudava, fazia uma porção de coisas. Mas não foi o Prozac que fez isso, fui eu mesma.

Falta de organização, ou falta de senso, eu tenho quatro dias pela frente e não sei nem se eu vou levantar daqui da frente desse PC daqui a cinco minutos pra fazer um café.


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