terça-feira, 30 de julho de 2013

Rapidinha: leitura acompanhada de Die unendliche Geschichte [ou: esses amigos são pra vida toda]

Aline estava à mesa, lendo um e-book d’A História sem Fim, de Michael Ende, em seu tablet. Ao seu lado havia a edição em alemão do mesmo livro, cuja dona é Elise, que estava em sua cama, à volta com uma pilha de livros a serem catalogados num app para celular.

— Que bonitinho — disse Aline, enquanto terminava de ler uma passagem do e-book. — Ele transcreve aqui o som da coruja. Será que ele faz isso em alemão também?

Aline pegou, então, a edição alemã e procurou a página correspondente.

— Olha, ele também transcreve. Olha aqui! — e mostrou a expressão "Huhu" na página. Elise pegou o livro e constatou que a coruja também fala no original.

— "'Huhu', machte der Nachtalb. 'Will man zur Kindlichen Kaiserin?'" — ela lê, e continua, agora traduzindo. — "'Huhu', disse a coruja. 'Quer ir ver a Imperatriz Criança?'". — Ela dá uma pausa, e continua.

— "'Ganz recht', sagte das Irrlicht"... isso é... "'exatamente', disse o fogo-fátuo". "'ich habe ihr eine wichtige Botschaft zu überbringen'"... deixa eu ver... eu tenho uma... er... "nicht die Botschaft zu beklagen", isso tá na letra de Der Morgen danach... ai, pera...

— Mensagem? — disse Aline.

— É. Mensagem. Danke. "Eu tenho uma mensagem importante pra entregar pra vocês"...

— Não, é pra ela — Aline interrompe de novo.

— É, tá certo. Ihr é "para ela". Se fosse "para vocês", seria "euch". Hmmm... "'Was denn für eine?', knartze der Felsenbeißer". Esse "was für" é tipo um "que", como em "was für ein Fest", é "que festa!". Então ele pergunta aí "que mensagem?".

— Ah, entendi.

— "Nun" é "agora". "'Nun', das Irrlicht trat von einem Bein aufs andere", aqui ele tá indo de uma perna pra outra, sabe?

— Sei.

— "es ist eine geheime Botschaft"... hmmm... é uma mensagem... ai... pera... deine Geheimnis...

— Secreta?

Nesta hora Elise tem um ataque furioso e grita:

— AAAAAAAAH SAI DAQUI!

Aline, temendo por sua vida, já que a amiga tinha em mãos um livro consideravelmente pesado, sai de um pulo do lugar onde estava e, tropeçando nos livros e na cadeira em seu caminho, vai se esconder atrás da porta do guarda-roupa.

— SUA VACA! DAS IST UNGLAUBLICH! DU KENNST MEHR DEUTSCH ALS ICH E VOCÊ NEM ESTUDA!

— ...só um pouquinho — Aline continuava escondida, mas começava já a querer rir.

Elise procurou algo para atirar na amiga, mas como não encontrava nada (— E EU NEM ACHO ALGUMA COISA MACIA PRA JOGAR EM VOCÊ, SUA VACA), tirou as meias, enrolou-as e jogou na direção de Aline. Esta jogou as meias de volta, e Elise atirou-as novamente.

— Coloca a meia, você vai ficar com o pé gelado... — dizia, temerosa, uma Aline já prestes a entrar em crise histriônica.

Elise pegou as meias mais uma vez, olhou para a amiga atrás da porta do guarda-roupa e começou a rir também.

— Sua vaca... vem cá.

E tirou a amiga de trás da porta e a abraçou.


Moral da história: nunca brinque de sopa de letrinhas com a Aline. Ela é capaz de inventar uma língua própria e acabar tirando uma com a sua cara sem querer. <3

domingo, 9 de junho de 2013

Rapidinha: sobre computadores e internet, ou “isso é um buraco negro sugando o meu tempo”

Passeando no Facebook enquanto não abria o arquivo do trampo que eu tenho aqui, deparei-me com uma imagem bem interessante:

20 anos atrás

Pra mim essa sequência não chega a ser de 20 anos, mesmo porque eu tenho 28. Mas 10 anos serve.

Fiquei pensando aqui o quanto eu me irrito com a minha falta de tempo, e quanto tempo eu perco na frente do computador quando estou trabalhando ou estudando pelo simples fato de que agora ele está conectado numa rede de computadores chamada INTERNET. Só hoje eu baixei música, vi vídeos, estou batendo papo com amigos, li umas notícias e acabei vindo parar aqui no Litt.

Agora, quantas dessas coisas dá pra identificar ali em cima?

Eu não nego, e nunca vou negar a importância da internet. Eu não sou nem louca de dizer que ela só serve pra atrapalhar a minha vida. Mas é o seguinte: ficar na frente do computador o tempo todo parece interessante, legal, mas chega uma hora que a quantidade de coisas que não foram feitas enquanto se estava na frente do computador começa a ficar grande demais.

Eu não leio mais tantos livros quanto eu lia há 10 anos. A quantidade de músicas que eu ouço é muito, mas MUITO maior, mas acabo nem prestando atenção no que eu ouço porque são tantas… Eu não escrevo mais como eu escrevia há 10 anos. Eu converso com mais amigos agora do que há 10 anos, mas eu os vejo com a mesma frequência? Não.

Internet VICIA. E eu estou francamente VICIADA nessa tranqueira… Alguém aí pode me ajudar a diminuir esse vício, já que não dá pra ficar completamente sem internet no século XXI?

domingo, 21 de abril de 2013

Traduzindo músicas: Diorama – Synthesize me

Diorama é uma banda alemã em atividade desde 1996, e seus membros são Torben Wendt, Felix Marc, Sash Fiddler e Marquess. O som da banda é descrito como electropop, futurepop ou darkwave, mas na minha opinião eles mesclam o electropop com o darkwave em quase tudo, porque as músicas são “animadas” e as letras são meio… ahn… “estranhas” a essa animação.

Quem me apresentou a banda – e essa música – foi uma amiga mexicana que eu fiz pelo Facebook, a Boneka. Gostei bastante do som, e no começo alguns versos acabaram virando uma misheard lyric. Quando peguei a letra… mein Gott.

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Just passing by…

No meio do furacão que virou minha vida ultimamente eu tenho saudade de escrever no blog. Não há nada em particular que eu queira escrever – apesar de estar pelo menos dois meses atrasada no Desafio Literário, meh –, só sinto falta de vir aqui e começar a escrever e escrever, como se eu fosse um desenhista rascunhando porque é legal.

Ontem de madrugada me deu essa saudade enquanto eu estava às voltas com a finalização de um trampo. Daí eu escrevi em um papel “das war ein Befehl!” , “In Extremo” e “befehlen na letra de Mein rasend Herz” – coincidentemente, é essa música que eu estou ouvindo agora.

Encadeamento maluco de ideias: ouvi befehlen na letra da música e lembrei de como eu me racho de rir toda vez que vejo um daqueles vídeos-paródia que fazem de uma determinada cena do filme A queda – as últimas horas de Hitler. Pra vocês saberem do que eu estou falando, aí vai uma dessas paródias:



Amigos palmeirenses, desculpem-me, mas eu não resisti...

Eu morro de rir principalmente na cena em que Hitler se irrita de vez e grita “das war ein Befehl!". “Befehl”, em português, significa “ordem”, e ele está se referindo ao fracasso de uma delas. Mas eu me mordo de rir porque acho engraçadíssimo o jeito com que o ator fala isso…

Sobre a banda, eu estou apaixonada pelo folk metal do In Extremo. Quem me mostrou foi a Allana, e desde que eu ouvi Mein rasend Herz e Vollmond eu não consigo parar de ouvir todas as outras. Aliás, quem me acompanha pelo Twitter sabe que vira e mexe eu me derreto com Vollmond… tem HARPA e GAITA DE FOLE entre os instrumentos tocados pela banda, dá pra não gostar de uma coisa dessas?

Aliás, a cara que o harpista faz enquanto executa o solo do começo de Vollmond no DVD Raue Spree é outra coisa engraçadíssima…



Ich bin nach deiner Liebe so krank,
die sich an meinem Blut betrank!

Eu ainda solto uma tradução deles aqui, mas provavelmente vai ser de uma das Ansage que Das Letzte Einhorn conta no álbum Die Verrückten sind in der Stadt. Aliás, olhem o nome desse álbum, “Os malucos estão na cidade”. Tem como não achar genial? :D

Agora eu preciso correr pra aula de Weimarer Klassik… oh céus, oh vida, oh azar…

sexta-feira, 1 de março de 2013

Voltando pra faculdade – e a preguiça grudou de novo…

Um mês sem postar nada. Um mês! >.<

Confesso que o mês de fevereiro foi bem difícil pra mim. Fiquei doente no final de janeiro, e só agora sinto-me recuperada. Estou bem, não se preocupem…

Fui pra Curitiba antes que as aulas começassem, descansei um pouco… como recuperei minha carteira de motorista, aproveitei pra dirigir um pouco também o carro do meu pai. Aos poucos eu vou perdendo o medo que se apossou de mim em 2010 quando eu bati o carro de uma amiga. Diz ele que eu dirijo bem pra quem ficou quase dois anos sem pegar um carro, mas ele é meu pai, né… :P

Daí voltei pra apresentar o relatório parcial da pesquisa de IC ao CNPq, e na semana seguinte – esta que termina hoje – começaram as minhas aulas. Nono semestre da graduação… Lembro-me que em um passado remoto eu comentava sobre as matérias que eu faria, então vamos lá.

Introdução à Linguística Alemã I – veremos basicamente a fonética e a fonologia do alemão, e por incrível que pareça eu ainda me lembro do que eu estudei sobre fonética e fonologia nos primeiros semestres da graduação. Acho que vou me dar relativamente bem nesta matéria, apesar de eu ainda ter um pé atrás com a professora.

Tradução Comentada do Alemão II – tradução literária. No semestre passado eu cursei Tradução Comentada do Alemão I e era tradução técnica. Acho que dessa vez vai ser mais tranquilo – e eu tenho aula com ninguém menos do que o tradutor de O mundo de Sofia

Literatura Alemã:
Romantismo
– vamos ver Goethe, Heine e mais umas pessoas legais… há um paralelo entre o Romantismo brasileiro e o Romantismo alemão, que era a busca por uma identidade nacional, mas nesse quesito a Alemanha tem uns 1300 anos na frente do Brasil, hehehehe.
Classicismo de Weimar – esta é a parte que contempla o Sturm und Drang que eu decidi que era mais legal de estudar do que os poemas do Baudelaire ou a chatice do Flaubert quando troquei a habilitação em Francês pela habilitação em Alemão.

Só tem um problema nisso tudo: o professor que dá a parte de Classicismo de Weimar é o mesmo que me REPROVOU com média 4,9 (a média mínima pra passar é 5) em História da Literatura Alemã. Ok ok, foi melhor reprovar porque eu não sabia mesmo muita coisa sobre a matéria, mas porra, reprovar por UM DÉCIMO? Essa foi a primeira reprovação da minha vida INTEIRA, só pra constar. E eu ainda estou engolindo a decepção…

Linguística Contrastiva e Tradução Português – Alemão: sim, outra matéria que tem a ver com tradução. Porque eu vou fazer TODAS as que eu puder fazer. E linguística contrastiva é amor demais nesse mundo, viu…

Daí fora isso tem a minha pesquisa de IC, que não para – ou tecnicamente não deveria parar – e as tarefas pra serem feitas em casa. Isso na faculdade.

Fora da faculdade tem o blog e as resenhas que eu tenho que fazer, os posts, as traduções, e tem mais os trampos freela que eu pego de vez em quando pra fazer.

E adivinhem?

Eu acordei hoje com uma preguiça GRUDADA em mim.

Eu até coloquei umas músicas meio hipnóticas pra ver se eu me concentrava um pouco, mas que nada. Acabei vindo parar aqui no Litt pra escrever um pouco, mas acho que é melhor eu tentar desgrudar essa preguiça e começar a correr, senão não dou conta de tudo.

E dá-lhe música… :D

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

De/Vision

A maioria das músicas que eu conheço foram-me apresentadas pelos meus amigos. Desde os 15 anos, que foi quando eu comecei a ouvir rock, praticamente tudo o que eu conheci e gostei foi indicado ou mostrado por eles.

Com exceção de De/Vision. Essa eu conheci, digamos, sozinha, numa balada “gótica”, e fui atrás das músicas sem que ninguém me dissesse que era bom, ou legal.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Traduzindo músicas: Playing Dead – And One

Playing Dead é a 10ª faixa do álbum Tanzomat, de 2011. Eu levei um tempo pra ouvir esse álbum porque estava ainda me acostumando com a sonoridade da banda, mas quando ouvi essa música em especial, eu tive uma reação que costumo chamar de “autismo extra-uterino”: a sensação que dá é que eu tenho que ouvir essa música deitada em posição fetal. Eu e minhas manias estúpidas

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Desafio Literário 2013 – Janeiro, Tema Livre: Dragão Vermelho, Thomas Harris

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– Sabe como me pegou, Will?
– Adeus, dr. Lecter. Pode deixar-me recados no número constante da pasta.
Graham começou a andar.
– Sabe como me pegou?
Graham saiu do campo de visão do dr. Lecter e caminhou rapidamente para a porta de aço.
– O motivo pelo qual me pegou é que somos exatamente iguais. – Foi a última coisa que Graham ouviu, quando a porta de aço se fechou às suas costas.

Eu ia começar o Desafio com Carta ao Pai, do Kafka, mas alguns problemas logísticos acabaram por fazer com que eu esquecesse de pegá-lo na casa da minha mãe. Daí um amigo me emprestou Dragão Vermelho, que era um livro que eu queria ler fazia bastante tempo. E pra trocar de livro no Desafio não custou muito.

A história do livro é bastante conhecida pelas adaptações para o cinema, apesar de não serem uma cópia fiel do que está escrito. Há duas: uma de 1986, que saiu com o nome de Manhunter, e a mais famosa, Red Dragon, de 2002, com Anthony Hopkins e Edward Norton. Particularmente já perdi as contas de quantas vezes eu vi esta última, especialmente quando me dá na telha de ver todos os filmes em sequência. Mas divago. Tenho que falar sobre o livro…

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Traduzindo músicas: Tears For Fears – Woman in Chains

Tears for Fears é uma banda inglesa na ativa desde 1981. Sua formação atual conta com Roland Orzabal e Curt Smith. Eles possuem seis álbuns de estúdio, o último lançado em 2004, e vira e mexe eles vêm fazer show aqui no Brasil. Temos um apelido carinhoso pra eles, “Tias Fofinhas”, hehehehehe...

A música que eu escolhi pra traduzir, na verdade, me escolheu. Como eu já disse aqui, eu estava esperando meu almoço quando ela começou a tocar. E me deu um estalo...

Woman in Chains é a primeira faixa do álbum The Seeds of Love, de 1989, e foi escrita por Roland Orzabal. Phil Collins assumiu a bateria, e a voz feminina é da cantora  Oleta Adams, descoberta por Roland no bar de um hotel em Kansas.

Eu costumava achar que essa era uma letra meio romântica, mas enquanto eu traduzia eu notei que a coisa é mais séria do que eu imaginava...

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Faniquitos bloguísticos

Às vezes eu tenho a impressão de que o Litt é a minha Simone de Beauvoir, e eu sou o Jean-Paul Sartre. Explico: Simone e Sartre nunca foram casados, mas estiveram juntos a vida inteira. Não importa quantos amantes um ou outro tivessem, eles sempre voltavam um para o outro. Chegavam até a viajar juntos com os respectivos amantes. E foi assim a vida inteira.

Daí que eu me empolgo frequentemente com um monte de outras coisas, mas sempre acabo voltando pra cá. Por exemplo: em dezembro eu fiz um monte de postagens, e a última havia sido sobre a saga do acampamento. Então aconteceram algumas coisas que me derrubaram, eu acabei me distraindo com outras coisas e passei quase um mês sem escrever nada.

Mas eis que deu faniquito de novo. Ontem eu terminei o post sobre o show do Kraftwerk, que eu havia começado semana passada, e de madrugada postei uma tradução do Monaco. Hoje eu estava na temakeria aqui perto de casa esperando meus sushis e começou a tocar uma música que eu conheço há milênios, e que fazia milênios que eu não ouvia. Não vou dizer qual é, porque eu pensei “putz, preciso traduzir pra colocar no Litt”, então provavelmente ainda hoje posto ela traduzida aqui.

Então, no Twitter, o Rob Gordon começou a falar de Star Trek, e enquanto eu postava os pedaços de outra música da mesma banda, comecei a falar com ele sobre algumas cenas de um dos filmes. E me veio a epifania: eu lembrei por que eu resolvi criar esse blog em dezembro de 2007…

Eu sou uma pessoa essencialmente tagarela. Ultimamente eu tenho ficado mais quieta, mais na minha, sem acionar os chats nos quais eu tenho conta, mas isso é algo que eu não sei explicar por que acontece. Só acontece, e pronto. Mas a minha cabeça fervilha de ideias, coisas pra escrever, e mesmo que a minha pesquisa de IC esteja empacada – um texto de 40 páginas em alemão requer umas boas garrafas de café pra ser encarado, além de uma paz de espírito que eu ainda não consegui encontrar –, as coisas ficam martelando na minha cabeça e não param até que eu pegue papel e caneta – ou abra o bloco de notas, tanto faz – e coloque pra fora.

Neste exato momento o meu pulso esquerdo está doendo, e daqui a pouco ele olha pra mim e fala “dá pra pegar gelo, por favor?”. Mas agora eu estou oficialmente ignorando meu pulso, depois eu dou um jeito nisso.

Enquanto eu escrevia no Twitter, eu lembrei de uma cena de um dos episódios de Fringe, que na verdade é uma história dentro da história, e é um dos episódios mais fofinhos que eu já vi na vida. Se você não conhece Fringe, pare de ler este texto e vá procurar as cinco temporadas. O último episódio já saiu, estamos todos órfãos, mas vale a pena ver tudo. Fringe é uma das séries de sci-fi mais geniais que já foram criadas, perdendo, talvez, só pra Star Trek. Enfim, eu lembrei da cena, do episódio, da série, e quando eu percebi, ia começar a falar sozinha no Twitter. E ia usar alguns tweets pra dizer o que eu poderia transformar num texto aqui.

Eu não vou lembrar agora o que foi que eu pensei pra escrever lá, porque desde aquele momento singular um milhão de outras coisas já pularam na minha cabeça. Por exemplo: lembrei que antes do blog eu tinha um caderno cheio de anotações à lápis, e lá eu ensaiei uma interpretação pra The Lady Don’t Mind, do Talking Heads, e eu lembrei disso porque abri a pasta do Talking Heads no Media Player. E estou há semanas com um trecho de Visitors, do Fryars, que tem uma participação especial do Dave Gahan, do Depeche, na cabeça: “I’ve got a sickness, I think I need your help tonight”. Acho que é só porque essa é a parte em que dá pra ouvir bem a voz do Dave. E lembrei que tenho que mudar um dos livros do Desafio, porque eu topei com um livro que eu queria ler faz tempo, e do nada ele chegou na minha mão…

Daí é isso, eu fico lembrando de coisas o tempo todo, fico pensando em coisas o tempo todo, e quando eu criei o blog, era a mesma coisa. Tanto é que as postagens daquela época eram menores simplesmente porque eu abria o Blogger e mandava ver em qualquer coisa. E quando me dá os faniquitos de escrever, eu volto pro Litt, porque ele é a minha Simone, e eu sou o Sartre dele…

 

p.s.: A Luciana, minha soulsister, chamou a atenção pro fato de fazer mais sentido eu ser a Simone e o Litt ser o Sartre, afinal eu sou uma menina e ele é um menino. Mas eu sou essencialmente tagarela E retardada, então a associação que eu faço é essa… =P

Traduzindo músicas: Monaco – What do you want from me?

Monaco foi uma dupla inglesa formada em 1995 por Peter Hook e David Potts. Durou dois álbuns; o segundo, lançado em 2000, não fez absolutamente sucesso nenhum... Hook ainda fazia parte do New Order naquela época; depois de alguns “desentendimentos” – acho que nem ele sabe dizer direito o que aconteceu – ele saiu do New Order e agora apresenta-se mundo afora com o The Light, em shows que trazem um álbum do Joy Division ou do New Order tocado na íntegra. Isso quando ele não sai fazendo DJ sets por aí… Potts continua trabalhando com música, tendo inclusive tocado algumas vezes com Hook e o The Light na “turnê” do álbum Unknown Pleasures, do Joy Division.

What do you want from me? é do primeiro álbum, Music for Pleasure, de 1997. Foi a música mais conhecida da dupla. E eu terei a cara de pau de confessar que é a única música do Monaco que eu conheço. Se bem que só com essa introdução do Hook no baixo... vocês me perdoam, né? =P

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Sai a Björk, entra o Kraftwerk, e a Elise continuou feliz!

Eu fiquei sabendo que a Björk se apresentaria no Sónar no dia em que ela cancelou a apresentação. Eu fiquei triste e ao mesmo tempo feliz: gosto da cantora islandesa há muito tempo, era uma pena que ela não fosse mais se apresentar, mas pelo menos ela pouparia suas cordas vocais – recentemente ela nos informou de que passou por uma cirurgia e está tudo bem, agora.

Dois dias depois do sentimento de “pô, não vou”, a assessoria de imprensa do Sónar divulgou qual seria a atração que viria no lugar da Björk. E o sentimento de “pô, não vou” foi substituído por “caralho, eu vou!”. Porque eu já havia perdido o show deles no Just a Fest, e nem se eu estivesse louca eu perderia mais essa oportunidade de ver o Kraftwerk, a banda alemã que deu início ao movimento musical que se tornou um pedaço da minha vida.