quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

De/Vision

A maioria das músicas que eu conheço foram-me apresentadas pelos meus amigos. Desde os 15 anos, que foi quando eu comecei a ouvir rock, praticamente tudo o que eu conheci e gostei foi indicado ou mostrado por eles.

Com exceção de De/Vision. Essa eu conheci, digamos, sozinha, numa balada “gótica”, e fui atrás das músicas sem que ninguém me dissesse que era bom, ou legal.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Traduzindo músicas: Playing Dead – And One

Playing Dead é a 10ª faixa do álbum Tanzomat, de 2011. Eu levei um tempo pra ouvir esse álbum porque estava ainda me acostumando com a sonoridade da banda, mas quando ouvi essa música em especial, eu tive uma reação que costumo chamar de “autismo extra-uterino”: a sensação que dá é que eu tenho que ouvir essa música deitada em posição fetal. Eu e minhas manias estúpidas

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Desafio Literário 2013 – Janeiro, Tema Livre: Dragão Vermelho, Thomas Harris

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– Sabe como me pegou, Will?
– Adeus, dr. Lecter. Pode deixar-me recados no número constante da pasta.
Graham começou a andar.
– Sabe como me pegou?
Graham saiu do campo de visão do dr. Lecter e caminhou rapidamente para a porta de aço.
– O motivo pelo qual me pegou é que somos exatamente iguais. – Foi a última coisa que Graham ouviu, quando a porta de aço se fechou às suas costas.

Eu ia começar o Desafio com Carta ao Pai, do Kafka, mas alguns problemas logísticos acabaram por fazer com que eu esquecesse de pegá-lo na casa da minha mãe. Daí um amigo me emprestou Dragão Vermelho, que era um livro que eu queria ler fazia bastante tempo. E pra trocar de livro no Desafio não custou muito.

A história do livro é bastante conhecida pelas adaptações para o cinema, apesar de não serem uma cópia fiel do que está escrito. Há duas: uma de 1986, que saiu com o nome de Manhunter, e a mais famosa, Red Dragon, de 2002, com Anthony Hopkins e Edward Norton. Particularmente já perdi as contas de quantas vezes eu vi esta última, especialmente quando me dá na telha de ver todos os filmes em sequência. Mas divago. Tenho que falar sobre o livro…

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Traduzindo músicas: Tears For Fears – Woman in Chains

Tears for Fears é uma banda inglesa na ativa desde 1981. Sua formação atual conta com Roland Orzabal e Curt Smith. Eles possuem seis álbuns de estúdio, o último lançado em 2004, e vira e mexe eles vêm fazer show aqui no Brasil. Temos um apelido carinhoso pra eles, “Tias Fofinhas”, hehehehehe...

A música que eu escolhi pra traduzir, na verdade, me escolheu. Como eu já disse aqui, eu estava esperando meu almoço quando ela começou a tocar. E me deu um estalo...

Woman in Chains é a primeira faixa do álbum The Seeds of Love, de 1989, e foi escrita por Roland Orzabal. Phil Collins assumiu a bateria, e a voz feminina é da cantora  Oleta Adams, descoberta por Roland no bar de um hotel em Kansas.

Eu costumava achar que essa era uma letra meio romântica, mas enquanto eu traduzia eu notei que a coisa é mais séria do que eu imaginava...

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Faniquitos bloguísticos

Às vezes eu tenho a impressão de que o Litt é a minha Simone de Beauvoir, e eu sou o Jean-Paul Sartre. Explico: Simone e Sartre nunca foram casados, mas estiveram juntos a vida inteira. Não importa quantos amantes um ou outro tivessem, eles sempre voltavam um para o outro. Chegavam até a viajar juntos com os respectivos amantes. E foi assim a vida inteira.

Daí que eu me empolgo frequentemente com um monte de outras coisas, mas sempre acabo voltando pra cá. Por exemplo: em dezembro eu fiz um monte de postagens, e a última havia sido sobre a saga do acampamento. Então aconteceram algumas coisas que me derrubaram, eu acabei me distraindo com outras coisas e passei quase um mês sem escrever nada.

Mas eis que deu faniquito de novo. Ontem eu terminei o post sobre o show do Kraftwerk, que eu havia começado semana passada, e de madrugada postei uma tradução do Monaco. Hoje eu estava na temakeria aqui perto de casa esperando meus sushis e começou a tocar uma música que eu conheço há milênios, e que fazia milênios que eu não ouvia. Não vou dizer qual é, porque eu pensei “putz, preciso traduzir pra colocar no Litt”, então provavelmente ainda hoje posto ela traduzida aqui.

Então, no Twitter, o Rob Gordon começou a falar de Star Trek, e enquanto eu postava os pedaços de outra música da mesma banda, comecei a falar com ele sobre algumas cenas de um dos filmes. E me veio a epifania: eu lembrei por que eu resolvi criar esse blog em dezembro de 2007…

Eu sou uma pessoa essencialmente tagarela. Ultimamente eu tenho ficado mais quieta, mais na minha, sem acionar os chats nos quais eu tenho conta, mas isso é algo que eu não sei explicar por que acontece. Só acontece, e pronto. Mas a minha cabeça fervilha de ideias, coisas pra escrever, e mesmo que a minha pesquisa de IC esteja empacada – um texto de 40 páginas em alemão requer umas boas garrafas de café pra ser encarado, além de uma paz de espírito que eu ainda não consegui encontrar –, as coisas ficam martelando na minha cabeça e não param até que eu pegue papel e caneta – ou abra o bloco de notas, tanto faz – e coloque pra fora.

Neste exato momento o meu pulso esquerdo está doendo, e daqui a pouco ele olha pra mim e fala “dá pra pegar gelo, por favor?”. Mas agora eu estou oficialmente ignorando meu pulso, depois eu dou um jeito nisso.

Enquanto eu escrevia no Twitter, eu lembrei de uma cena de um dos episódios de Fringe, que na verdade é uma história dentro da história, e é um dos episódios mais fofinhos que eu já vi na vida. Se você não conhece Fringe, pare de ler este texto e vá procurar as cinco temporadas. O último episódio já saiu, estamos todos órfãos, mas vale a pena ver tudo. Fringe é uma das séries de sci-fi mais geniais que já foram criadas, perdendo, talvez, só pra Star Trek. Enfim, eu lembrei da cena, do episódio, da série, e quando eu percebi, ia começar a falar sozinha no Twitter. E ia usar alguns tweets pra dizer o que eu poderia transformar num texto aqui.

Eu não vou lembrar agora o que foi que eu pensei pra escrever lá, porque desde aquele momento singular um milhão de outras coisas já pularam na minha cabeça. Por exemplo: lembrei que antes do blog eu tinha um caderno cheio de anotações à lápis, e lá eu ensaiei uma interpretação pra The Lady Don’t Mind, do Talking Heads, e eu lembrei disso porque abri a pasta do Talking Heads no Media Player. E estou há semanas com um trecho de Visitors, do Fryars, que tem uma participação especial do Dave Gahan, do Depeche, na cabeça: “I’ve got a sickness, I think I need your help tonight”. Acho que é só porque essa é a parte em que dá pra ouvir bem a voz do Dave. E lembrei que tenho que mudar um dos livros do Desafio, porque eu topei com um livro que eu queria ler faz tempo, e do nada ele chegou na minha mão…

Daí é isso, eu fico lembrando de coisas o tempo todo, fico pensando em coisas o tempo todo, e quando eu criei o blog, era a mesma coisa. Tanto é que as postagens daquela época eram menores simplesmente porque eu abria o Blogger e mandava ver em qualquer coisa. E quando me dá os faniquitos de escrever, eu volto pro Litt, porque ele é a minha Simone, e eu sou o Sartre dele…

 

p.s.: A Luciana, minha soulsister, chamou a atenção pro fato de fazer mais sentido eu ser a Simone e o Litt ser o Sartre, afinal eu sou uma menina e ele é um menino. Mas eu sou essencialmente tagarela E retardada, então a associação que eu faço é essa… =P

Traduzindo músicas: Monaco – What do you want from me?

Monaco foi uma dupla inglesa formada em 1995 por Peter Hook e David Potts. Durou dois álbuns; o segundo, lançado em 2000, não fez absolutamente sucesso nenhum... Hook ainda fazia parte do New Order naquela época; depois de alguns “desentendimentos” – acho que nem ele sabe dizer direito o que aconteceu – ele saiu do New Order e agora apresenta-se mundo afora com o The Light, em shows que trazem um álbum do Joy Division ou do New Order tocado na íntegra. Isso quando ele não sai fazendo DJ sets por aí… Potts continua trabalhando com música, tendo inclusive tocado algumas vezes com Hook e o The Light na “turnê” do álbum Unknown Pleasures, do Joy Division.

What do you want from me? é do primeiro álbum, Music for Pleasure, de 1997. Foi a música mais conhecida da dupla. E eu terei a cara de pau de confessar que é a única música do Monaco que eu conheço. Se bem que só com essa introdução do Hook no baixo... vocês me perdoam, né? =P

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Sai a Björk, entra o Kraftwerk, e a Elise continuou feliz!

Eu fiquei sabendo que a Björk se apresentaria no Sónar no dia em que ela cancelou a apresentação. Eu fiquei triste e ao mesmo tempo feliz: gosto da cantora islandesa há muito tempo, era uma pena que ela não fosse mais se apresentar, mas pelo menos ela pouparia suas cordas vocais – recentemente ela nos informou de que passou por uma cirurgia e está tudo bem, agora.

Dois dias depois do sentimento de “pô, não vou”, a assessoria de imprensa do Sónar divulgou qual seria a atração que viria no lugar da Björk. E o sentimento de “pô, não vou” foi substituído por “caralho, eu vou!”. Porque eu já havia perdido o show deles no Just a Fest, e nem se eu estivesse louca eu perderia mais essa oportunidade de ver o Kraftwerk, a banda alemã que deu início ao movimento musical que se tornou um pedaço da minha vida.