sábado, 21 de fevereiro de 2015
50 fatos sobre mim - ato III
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015
Rapidinhas: me empresta a senha do wifi pra eu escrever no blog?
Fiquei dois dias sem internet em casa e quase fiquei louca.
A parte 3 da série 50 fatos sobre mim tá quase pronta - estaria no ar se eu não tivesse dado skip na regra fundamental sobre editores de texto: escreve e salva. E talvez eu nem tenha tanta coisa assim pra falar de mim, mas vamos tentando...
Daqui pouco menos de uma semana começam as aulas de novo. Tou indo pro SÉTIMO ano. É, amiguinhos, se vocês acham que é difícil entrar na USP, garanto que não é tão difícil quanto sair de lá. Principalmente quando seu cérebro resolve dar uma voltinha no mundo dos transtornos de personalidade... Enfim. Quase jubilei no semestre passado, mas passei no que eu precisava. Raspando, mas passei. E pra esse semestre são duas matérias: Romantismo e Classicismo (é, pela terceira vez) e Introdução à Editoração (que é a última optativa que eu preciso). Também mudei de horário de novo. Oh céus, ainda bem que são só dois dias...
E consegui FINALMENTE ALELUIA fechar um jogo sozinha. Agora que derrotei o mestre sem ter dado uma única porrada nele, posso trabalhar em paz...
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015
Minha vida de acordo com: Wolfsheim
Você é um homem ou mulher: Annie
Descreva-se: Kiss the wall
Descreva o local onde você vive atualmente: Gates
Se você pudesse ir a qualquer lugar, onde você iria? Künstliche Welten
Sua forma de transporte preferido: Approaching lightspeed
Seu melhor amigo? Real
Você e seu melhor amigo são: Tender days
Qual é o clima? Kein zurück
Hora do dia favorita: Everyone who casts a shadow
Se sua vida fosse um programa de TV, como seria chamado? Heroin... she said
O que é vida para você: Where greed talks
Você sorri: Once in a lifetime
Você chora: It's hurting for the first time
Seu penúltimo relacionamento: Entropy
Seu relacionamento atual: Closer still
Seu medo: Find you're gone
Qual é o melhor conselho que você pode dar: Leave no deed undone
Pensamento do Dia: Love is strange
Seu Lema: Scars remain / This is for love
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015
Por dentro da minha cabeça quando ouço música…
Cacete, já é 20h30. Isso é o que dá dormir até as 17h. Vamos lá, Elise, vamos abrir esses arquivos porque isso deve ser entregue amanhã cedo. Quer ouvir música? Beleza, eu coloco uma aqui. Faz tempo que você não ouve música de propósito, né? Não, deixa que eu escolho. Vamos ver… hmmm… Lacrimosa, pode ser? Aquela que você ama, que nem percebe que é em alemão porque começa a cantar assim que entra a letra. Tá, vai ser essa mesma.
Dreht Euch um und läuft davon.
terça-feira, 10 de fevereiro de 2015
50 fatos sobre mim - ato II
(ato I)
11. Moro em São Paulo há mais de vinte anos, mas nasci em Santo André. Fiz o ensino médio lá, e anos depois, mais oito meses de Letras numa faculdade particular. Como passei a adolescência praticamente inteira por lá, sinto-me em casa cada vez que preciso ir no centro da cidade, mesmo que eu passe anos sem pisar pra fora de São Paulo.
12. Sou apaixonada por arqueria e prática de tiro. Talvez isso venha do fato de eu ser obcecada por atividades relacionadas à precisão. Nunca pus a mão num arco, e só atirava com a pistola do Dynavision pra matar patos quando jogava Duck Hunt, mas frequentar um stand de tiro e praticar arqueria também estavam naquela lista de "cem coisas pra fazer antes de morrer".
13. Adoro dirigir, tenho carta de motorista, mas ao mesmo tempo tenho pavor de pegar um carro pra andar com ele. A primeira vez que peguei um carro depois que saiu minha CNH eu consegui a façanha de errar o lado pra onde eu ia (estava tirando o carro de ré de uma garagem) e bati a traseira na porta de um carro que estava parado do outro lado da rua. De lá pra cá dá pra contar nos dedos de uma mão as vezes que eu fui pro volante.
14. Apesar de fazer Letras, a única coisa da qual eu me lembro das aulas de gramática é da lista de preposições. Acho que foi a professora da 7a. série que nos fez decorá-las. Não lembro de ter aprendido, na época, pra que elas serviam. Tudo o que eu sei de gramática normativa eu aprendi lendo MUITO. Comecei a trabalhar com revisão há cinco anos confiando puramente na minha intuição e no que aprendi por mim mesma.
15. Nunca quebrei nenhum osso, mas precisei ficar com a mão direira imobilizada duas vezes. A primeira foi quando meu irmão sentou em cima da minha mão e ela inchou e começou a doer de um jeito bizarro, e a segunda foi quando eu me acidentei descendo do muro de casa segurando na lança do portão. Essa última me rendeu dez pontos, dois deles entre os dedos anelar e mínimo, e uma cicatriz engraçada na palma da mão.
16. Falando em cicatrizes, meu joelho esquerdo é a prova de que eu não devo mais tentar subir escadas rolantes que estão descendo...
17. Quando eu era pequena e morava em apartamento eu tranquei a porta da sala por dentro enquanto minha mãe conversava com a vizinha no corredor. Meu irmão - mais novo do que eu - estava no apartamento e a janela da sala estava escancarada. Eu não conseguia destrancar a porta e entrei em desespero, e minha mãe, sabe-se lá como, passou da janela da sala da vizinha pra nossa numa manobra digna de dar inveja a qualquer alpinista.
18. Eu como praticamente qualquer coisa, não tenho muita frescura pra me alimentar. Mas fígado de boi, miúdos de galinha e abóbora são coisas das quais eu não posso chegar nem perto. Tenho ânsia de vômito só de sentir o cheiro.
19. Sempre quis escrever um livro, mas nunca fui boa em criar narrativas. Depois que li As brumas de Avalon desisti de escrever em prosa. Algum tempo depois comecei a escrever poemas do nada. Um dia me toquei de que tinha poemas suficientes pra lançar o bendito livro, mas perdi a coragem.
20. Pode parecer mentira, mas eu tenho uma preguiça enorme de estudar. Sempre fui bem nas matérias da escola, mas não tenho um pingo de saco pra ficar estudando pra passar em qualquer coisa - concurso, vestibular, prova, disciplinas da faculdade. A única coisa que me faz ter vontade de estudar é meu próprio interesse em algum assunto. Por exemplo, não é à-toa que o único 10 que eu tirei em literatura até hoje foi em um trabalho sobre Álvares de Azevedo sem ter entrado em mais do que duas aulas no semestre inteiro.
(continua)
50 fatos sobre mim - ato I
(Inspirado pelo Pirulla e pelo Cauê Moura)
1. Eu não tenho febre há dez anos. Na última vez eu alcancei 39 graus, tremia feito vara verde. Era uma gripe fortíssima. O remédio pra aliviar os sintomas me deu uma crise alérgica, o antialérgico me deu muito sono. Desde então eu posso estar um trapo, parecendo um zumbi, mas minha temperatura não passa de 37.
2. Eu tenho uma habilidade de me concentrar em detalhes que chega a me assustar às vezes. Qualquer coisa pode me chamar a atenção e se fixar na minha memória. Isso já me foi extremamente útil, mas às vezes é meio perturbador.
3. Fui católica por dezesseis anos e nunca fui capaz de entender o lance do sacrifício de Jesus pela salvação da humanidade. O catequista tentou me explicar e eu era bem aplicada nas aulas do curso dominical, mas fui crismada sem entender que papo é esse.
4. Sei fazer tricô, crochê, bordado em ponto cruz e sei manusear um tear pequeno, daqueles usados pra tecer cachecol. Sei fazer sabonete e hidratante. Sei fazer bijouteria. E não sei quanto tempo faz que não faço nada disso.
5. Sou absolutamente apaixonada por ginástica artística (que no meu tempo ainda era chamada de ginástica olímpica). A primeira vez que eu vi os vídeos da Nadia Comaneci e da Olga Korbut eu chorei. Sério. Eu posso passar o dia inteiro vendo vídeos de competição no Youtube, ou, em época de competição televisionada, eu paro o que estou fazendo pra assistir.
6. Eu adoro ler e já li centenas de livros, mas por algum motivo que Freud provavelmente explica, eu odeio fazer análise literária. Não que eu não saiba fazer e não me arrisque a fazer algumas - mesmo porque eu sou obrigada a isso na faculdade. Mas quando eu preciso ler 432764379 textos bastante parecidos pra explicar por que o Werther era um lunático obcecado, perde a graça e a coisa toda fica forçada.
7. Eu só sinto frio em duas situações: quando está MUITO frio, a ponto de eu desenterrar minha meia-calça mais grossa e minhas boinas de lã pra ficar em casa; ou quando eu estou com MUITO sono, a ponto de dormir se eu encostar em algum lugar por mais de dois minutos.
8. Falando em meia-calça, essa citada acima é parte do meu uniforme de ballet. Fiz aulas por uns seis meses, e tinha tudo: collant, sainha, meia-calça, sapatilha, calça bailarina etc. Cheguei a conseguir calçar a sapatilha de ponta e manter o equilíbrio, mas, depois de mais de dez anos, não me atrevo mais a dar piruetas. E as únicas coisas q restaram foram a meia-calça e a calça bailarina.
9. Fiz uma daquelas listas de "cem coisas pra se fazer antes de morrer" e nem sei mais por onde ela anda. Lembro que havia as clássicas "plantar uma árvore" (não fiz ainda) e "viajar pra fora do país" (também não fiz), e consegui passar na USP. Mas fiquei frustrada quando soube que o primeiro item da minha lista - ver a OSESP na Sala São Paulo executando a Nona Sinfonia de Beethoven - estava rolando e eu, além de estar longe de lá, não tinha um puto no bolso.
10. Se eu não estiver exausta ou totalmente relaxada, eu não consigo dormir sem estar ouvindo alguma coisa com o fone no ouvido. Tenho duas playlists no Youtube só pra isso, e em caso de falta de internet, tenho a CBN (que é uma excelente fonte de notícias mas repete programas por dias) salva na memória do celular e do MP4.
(continua)
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015
Sobre insônia, algum senso de beleza e música
Toca Stay do U2 no fone. Não sei se essa é uma boa música pra ouvir no meio de uma madrugada insone, já que ela é uma daquelas que não fala comigo, fala com o meu inconsciente. Ou com a minha alma. Fala com alguma coisa lá dentro, bem fundo, algo que consegue se resguardar do cotidiano. Algo que mantém intacto o senso esquisito de beleza que eu tenho.
Já aconteceu mais cedo. Com Losing my religion do R.E.M. Dessa todo mundo gosta, mas há duas estrofes nessa música que me paralisam. Eu já cheguei a interromper uma conversa numa balada porque ela começou a jorrar do autofalante.
Agora são os acordes de Wish you were here do Pink Floyd que invadem meu cérebro. Ela me pergunta "did you exchange a walk on part in the war for a lead role in a cage?" e eu não sei onde enfiar a cara. Afinal, what have we found, eu e meu inconsciente, the same old fears?
Antes do R.E.M. foi Crystal do New Order. Não foi a música, mas a banda. Eu gosto de uma fase específica do NO - e o álbum Get ready NÃO é dessa fase - e ouvir o baixo do Hook nessa música me atirou direto nessa fase.
Todas elas me distraíram um pouco dessa sensação morna que gruda em mim cada vez que meu cérebro resolve que não quer desligar nem a pau. Se até o J.A.R.V.I.S. implora pro Tony Stark deixá-lo dormir, não sei por que o amontoado de neurônios que eu tenho aqui se recusa a ficar em stand-by por algumas horas.
O bom é que, se o cérebro se recusa a relaxar, pelo menos parece que aquela coisa lá dentro, no fundo, que pode ou não ser uma alma, ou meu inconsciente, acabou por ficar com os olhos brilhando de admiração pela beleza dessas músicas. Nem sei se é relevante que eu conscientemente entenda o que esse outro lado vê nelas. Acho que não.
Mas se tivesse tocado Being boring do Pet Shop Boys ou Silent lucidity do Queensrÿche, eu juro que iria deitar no corredor lá fora com a cara virada pro céu e um cigarro aceso entre os dedos. Nunca vou entender MESMO o que os dois lados têm com essas músicas. Só sei que tem alguma coisa nelas.