domingo, 5 de dezembro de 2010

3 anos de blog! E outras coisas…

O Litteraria tá fazendo 3 anos hoje! Legal, né?

Fui um tanto relapsa esse ano, e a coisa pegou fogo pro meu lado… o estágio e as literaturas na faculdade minaram todo o tempo livre que eu tinha. E eu nem mexi tanto no layout dele – ao contrário do ano passado, quando ele foi totalmente reformulado, esse ano eu só troquei o template… eu sempre olhava pro Live Writer e pensava, "quero escrever no blog", mas quando olhava de volta pra minha mesa eu via as coisas empilhadas e concluía que dava pra esperar…

Mas hoje é o aniversário dele! Desde o aniversário do ano passado eu consegui a habilitação em Alemão, arrumei um estágio, suei pra fazer os trabalhos da faculdade, vi uma das minhas melhores amigas se casando e realizando um sonho, deixei o estágio pra não enlouquecer com o final do semestre…

Olhando pra lista, não parece tanta coisa. Mas eu cansei de verdade, e as ultimas noites antes de entregar o trabalho final de Literatura Brasileira II foram muito mal-dormidas, isso quando eu consegui dormir!

Então vou lançar aos meus leitores a pergunta: o que vocês fazem quando o tempo é pouco? Respondam nos comentários, por gentileza. Minha resposta, aqui: eu enlouqueço, principalmente quando eu tenho uma tonelada de coisas pra fazer e a minha cabeça varia entre as prioridades e as coisas que eu quero fazer por fazer, por ser legal, divertido ou por não requerer nenhum esforço intelectual…

Essa do esforço intelectual rendeu uma resolução engraçada: prometi a mim mesma que assim que eu terminar o semestre na faculdade – é, ainda não acabou, falta uma prova, talvez duas, e a nota do trabalho de LB II – eu vou me entupir de literatura porcaria. Eu defino literatura porcaria como aquele livro que não requer nenhum tipo de esforço pra ler ou entender, não é nenhum preconceito contra algum tipo de literatura. Um exemplo seria… Crepúsculo, hehe. Ou Barbara Cartland e aquelas coleções de banca de jornal, tipo Sabrina ou Julia (a dra. Saroyan, do seriado Bones, certa vez referiu-se a esse tipo de livro como "lixo feminista". E não deixa de ser, hehehe). Daí lendo literatura porcaria vou descansar, porque eu não vou precisar lembrar de conceitos de teoria literária nem me perguntar se a personagem está mesmo colhendo amoras porque gosta da fruta ou se está fazendo uma alusão ao pesado trabalho rural, que faz parte de uma longa tradição coronelista que sobrevive ao Brasil escravocrata… ai, só de pensar nisso já me dói o cérebro, rs.

Enfim, parabéns ao Litteraria! =)

E um viva pra mim, que ainda não desisti dele…

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

5 motivos para não ouvir Depeche Mode de madrugada

Na verdade seriam os motivos pra não ouvir música dos anos 80 de madrugada. Mas Depeche Mode sempre tem o dom de f**** com a minha cabeça quando eu estou caminhando em direção a um penhasco. O resultado? Insônia. Daquelas que nem chá de camomila resolve.

De onde eu tirei a ideia de visitar o site oficial à 1 da manhã? Ah, era pra ver a letra de Corrupt, que eu ouvi com o Teo no ônibus. Ok, a letra não tem nada a ver com o que eu ouvi, mas tá valendo. A bagaça é boa até quando não faz sentido. Mas então, uma coisa leva a outra e lá estava eu na parte dos vídeos…

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Um breve comentário sobre "palavras"

De tão longamente ludibriados, vaidosos da própria amargura, tinham repugnância por palavras, sobretudo quando uma palavra — como poesia — era tão esperta que quase exprimia, e aí então é que mostrava mesmo como exprimia pouco.
["A mensagem", Clarice Lispector. In: Felicidade Clandestina, contos.]

Hoje na aula de Literatura Brasileira a prof.ª Simone nos mostrou um conto da Clarice Lispector chamado A mensagem. O conto é sobre um casal de amigos que se descobrem angustiados, mas os dois dão uma significação diferente à palavra angústia. Não dá pra saber, exatamente, qual é a carga semântica adotada pelos amigos no conto, mas o que fica claro é que os dois jovens não querem definir e serem definidos pela linguagem corrente e usual.

É, eu sei, os escritos da Clarice são herméticos, pra se entender um parágrafo temos que pensar muito. Mas Schiller, uma vez, disse algo parecido com o que dá pra entender do conto:

"Quando a alma fala, já não fala a alma."

O que Schiller quis dizer com isso é o seguinte: as palavras que usamos na comunicação são impregnadas de valores e sentidos que são próprios da cultura da qual fazem parte. E por mais que uma língua tenha milhares de vocábulos, os sentimentos que são próprios de nossa alma não poderiam ser expressos com fidelidade pela linguagem, pois cada sentimento é próprio de cada um e as palavras estão como que contaminadas pela cultura e pela sociedade na qual ela está inserida.

Em outras palavras, quando dizemos algo "do fundo da nossa alma", não estamos exatamente fazendo isso, pois mesmo que a linguagem que usamos para nos exprimir se aproxime bastante do que queremos dizer, nunca conseguiremos fazê-lo, já que "definições de dicionário" não são muito adequadas para exprimir um sem-número de coisas.

domingo, 15 de agosto de 2010

Sobre a minha biblioteca

Semana passada eu estava comentando sobre a minha “biblioteca”. Bom, segundo o Michaelis, agora eu posso chamar o que eu tenho de biblioteca:

Bi.bli.o.te.ca sf (gr bibliothéke) 1. Coleção de livros, dispostos ordenadamente.

Agora porque durante o final de semana passado eu organizei e cataloguei todos os títulos que eu tenho. Descobri que eu tenho a ‘incrível’ marca de 114 títulos, dispostos em quatro caixas e na estante da minha mesa. Vou falar aqui sobre os mais legais, ou pelo menos os que eu acho mais legais.

O mais interessante é que eu tinha livros lá que eu nem lembrava que tinha! Desde dois títulos em inglês e alguns da Agatha Christie até a coleção [quase] completa do Paulo Coelho.

Sim, eu tenho livros do Paulo Coelho, podem preparar o castigo…

sábado, 7 de agosto de 2010

Pensando no fim de semana…

Hoje eu acordei cedo, hooray! Acho que vai virar hábito, eu acordo todos os dias às 10 e não consigo mais ir dormir tarde… Então estou aqui ouvindo metal (-q?) e pensando no meu final de semana.

Já que começaram as aulas de novo, vou ver se leio algumas coisas. É engraçado, as aulas do segundo semestre sempre são mais legais do que as do primeiro. Querem ver?

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Teste do WLW Beta, livro grande e músicas em alemão

Passando pelo Gerenciando Blog, vi que o Adelson fez um artigo sobre o Windows Live Writer Beta. Como eu gosto da interface de ribbons, resolvi ignorar meu repúdio à nova interface do Live Messenger – que vem junto no pacote, fazer o quê… – e reatualizei o WLW. E aproveito pra escrever algumas coisinhas aqui.

sábado, 24 de julho de 2010

Desafio #7links do blog [Ferramentas Blog]

Decidi participar do Desafio 7 links que o Marcos Lemos, do Ferramentas Blog, propôs aos blogueiros. Temos que listar os links em 7 categorias, a saber: o primeiro post do seu blog, o post que você mais gostou de escrever, um artigo que gerou um bom debate (teve comentários participativos), um artigo DE OUTRO BLOG que você gostaria de ter escrito (que você gostou muito), o seu artigo mais útil, um post com o melhor título que você escreveu e qual o post que você queria que as pessoas tivessem lido mais (tivessem dado mais importância).

Minha lista segue abaixo.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Novo template e mais testes… u.u'

Ok, eu mudei o template do blog de novo. Eu enjoei daquele roxo forte, ele era bonito, mas enjoei…

Agora estou testando o hack de leia mais do próprio Blogger, direto do WLW.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Tristeza

Olhem como são as coisas: eu recebo o jornal Folha de São Paulo todo final de semana, e ontem eu não li nenhum dos dois que chegaram – fui pra casa do meu namorado, afinal de contas eu ainda sou um ser humano, rs. Mas agora há pouco, passando pelo Não gosto de plágio, resolvi seguir a Denise Bottmann no Twitter (aliás, quem quiser me seguir, clica aqui). Fui lá, cliquei no botãozinho e comecei a olhar os tweets da tradutora. E fiquei pasma. Triste. Revoltada. A Denise retuitou uma notícia, da Folha de São Paulo online, a qual vou linkar aqui:

Brasília esconde coleção de obras raras do autor alemão Goethe

Eu ainda estou pasma. Ainda estou relendo a notícia pra ver se eu consigo acreditar nisso. E não é porque eu sou estudante de Alemão, não é porque eu admiro a obra do Goethe, não é porque eu espero um dia ser capaz de traduzir uma obra dele.

Eu estou pasma porque isso que está acontecendo em Brasília – e eu presumo, para o meu completo horror, que não seja só lá que aconteça este tipo de coisa – é o mais puro desprezo à cultura! Não importa que o autor do que esteja lá é alemão – poderia ser aborígine, não importa. Aquilo é CULTURA SENDO TRATADA COMO LIXO! Como é possível que isso aconteça???

Eu tenho uma pequena biblioteca que é mantida num lugar não muito adequado, por causa do tamanho da minha casa. Mas pelo menos uma vez por mês eu tiro os livros das caixas, limpo alguma poeira que tenha se acumulado, e por aí vai. Eu cuido da porção de cultura que eu tenho em casa, e olhem que o que eu tenho aqui não chega nem um pouquinho perto do que está abandonado lá em Brasília. Por isso, não entra na minha cabeça como é que deixaram isso acontecer!

Alguém pode me explicar? Por favor?

 

O mais irônico de tudo isso é que a cidade onde estes livros estão é a capital do país… não há nem a desculpa de que os órgãos competentes estão fisicamente longe do local onde eles se encontram…

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Depeche Mode, teoria literária e linguística? Sim, faz sentido…

(post dedicado ao Teo, que fez com que eu aprofundasse meu amor por Depeche Mode…)

Um mês e uns dias depois, abri o Live Writer pra escrever. Não vou ficar justificando a minha ausência, porque enfim, ficar lendo justificativas é chato pra caramba, e se eu fosse justificar todos os afastamentos que eu cometo, meus leitores leriam mais isso do que qualquer outra coisa… Não, eu não estou de mau humor, pelo contrário, eu estou com um humor excelente. Meu semestre na faculdade está quase acabando – só tenho que esperar uma nota pra poder dar adeus ao 1º semestre – e essa semana liberei dois livros pra impressão na editora. E isso é realmente MUITO bom.

E numa dessas semanas – tá registrado no Twitter, eu acho – eu tive uma epifania ouvindo Depeche Mode. Coisa meio maluca, rs. Eu costumo dizer que eu não sou boa em análise e teoria literária, e não sou mesmo: essa semana entreguei um trabalho sobre Mário de Andrade e Drummond que foi tenso pra escrever. Mas talvez, depois de um tempo estudando o assunto, as coisas vão ficando mais claras no cérebro. E a tal da epifania tem a ver com a letra da música, que se chama The bottom line.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Technorati

Este post é dedicado tão-somente a um claim token da Technorati. Eu não sabia que era necessário postar o token alfanumérico pra eles certificarem-se que o Litteraria é meu mesmo e assim indexarem o blog, então aí vai, agora:

DZD2N7S9GEGF

Depois eu digo se deu certo.

=)

sábado, 15 de maio de 2010

Ludwig e o amor…

Mein Engel, mein alles, mein Ich.
(Meu anjo, meu tudo, meu próprio Eu.)

Ludwig van Beethoven

E então eu assisti Minha Amada Imortal semana passada e fiquei maravilhada. Gary Oldman esteve ótimo interpretando Herr Beethoven… mas o que me deixa maravilhada em se tratando de Beethoven, tirando a 9ª Sinfonia (que eu insisto em chamar de An die Freude, en detrimento do nome em inglês Ode to joy, que vem a dar no mesmo, exceto pelo fato de Beethoven ser alemão), são as três cartas que ele escreveu à sua Unsterbliche Geliebte, sua amada imortal.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Endeixa

Dica: ignorem o vídeo e aproveitem a música…

Pois meus olhos não cansam de chorar
tristezas, que não cansam de cansar-me;
pois não abranda o fogo em que abrasar-me
pôde quem eu jamais pude abrandar;

não canse o cego Amor de me guiar
a parte donde não saiba tornar-me;
nem deixe o mundo todo de escutar-me,
enquanto me a voz fraca não deixar.

E se nos montes, rios, ou em vales,
piedade mora, ou dentro mora Amor
em feras, aves, plantas, pedras, águas,

ouçam a longa história de meus males
e curem sua dor com minha dor;
que grandes mágoas podem curar mágoas.

 

Os sonetos de Camões não possuem título, então convenciona-se a adotar o primeiro verso como título. Endeixa foi utilizado pela cantora Ana Moura ao musicar em forma de fado um poema pouco conhecido do autor d’Os Lusíadas.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Ossos do (e no) ofício

Na minha heroica e mesopotâmica trajetória de encontrar seriados pra assistir, em quase todos eles eu encontro uma personagem que me faz pensar “pô, quando eu crescer eu quero ser igual a ele/ela”. A personagem-modelo da temporada atende pelo apelido de Bones.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Rapidinhas

- Depois de ter escrito sobre o Não gosto de plágio aqui no Litteraria, eu me deparei com uma tradução da Denise Bottmann. Trata-se do livro Modernismo – Guia Geral (1890-1930), com organização de Malcolm Bradbury e James McFarlane, lançado pela Companhia das Letras. Folheando o livro, me deparei com a folha de rosto citando o nome da Denise como tradutora e soltei um “uia, que legal!” pra mim mesma…

- Falando em livros, eu arrumei um estágio numa editora. Não é o estágio a que eu me referia quando me afastei do blog recentemente (aliás, descobri que a minha conjuntivite é alérgica e eu posso agradecer ao ar poluído de SP por ficar com o olho esquerdo inflamado e coçando pelo menos uma vez por semana…), pois aquele estágio era na Cultura Inglesa e eu, por motivos que só a Natureza em sua infinita sabedoria poderia explicar, não passei no teste escrito em Inglês. Mas na semana seguinte compareci a outra entrevista de estágio, e nesta eu fui mais feliz. Estou estagiando desde o dia 08 de março na Editora Scortecci, na área de diagramação e editoração. Eu gosto de dizer que eu transformo rascunhos sem formatação no Word em livros prontos pra serem impressos, mas acho que é meio pretensioso, rs…

- Ainda falando em livros, a Abril está relançando a coleção de clássicos, e eu surtei – de verdade – quando eu vi qual era o livro que inaugurava a coleção: Crime e Castigo, do Dostoiévski, em tradução de Rosário Fusco. Ok ok, a tradução é do francês e não do russo, mas eu desafio qualquer pessoa a ler o primeiro capítulo desta edição e não conseguir formular uma imagem mental vívida da miséria em São Petersburgo… =D

- Tenho um artigo sobre um seriado engatilhado aqui, só precisando de uma lapidada pra poder publicar. O nome do seriado é Bones. Alguém conhece?

- Estou estudando Modernismo desvairadamente (e que Mario de Andrade me perdoe a expressão, rs), e até que estou me dando bem – achei que eu ia me dar mal em Literatura, só não me perguntem o porquê. Mas ainda não consegui enfiar na cabeça por que é que eu estou estudando Modernismo ao invés de Barroco. Sério mesmo. Na USP nós temos Modernismo em Literatura Brasileira I – e imagino que vou terminar o curso lendo a carta de Caminha… =P

- Um mês de aula de Alemão e a palavra que eu mais gosto de falar é sprechen. Esse /ch/ do meio da palavra parece amigável, mas eu levei uns vinte dias pra conseguir pronunciá-lo. O fonema - [ç] no Alfabeto Fonético Internacional, que não tem nada a ver com o nosso cedilha - não existe no português. Daí quando eu consegui falar sprechen (que ironicamente significa “falar” em alemão) ela virou a minha palavra favorita. Isso até eu aprender a falar verheiratet, “casado”!

- Semana que vem é a Semana Santa, portanto não tem aula na USP. E eu tô feliz com isso! Sério: eu não abro os meus blogs favoritos pra ler desde que entrei na Scortecci… tô virando adulta, hihi! Isso é legal. Daí como eu não terei aula à noite, vou poder atualizar a leitura dos meus favblogs.

Acho que não faltou nada… =D

sábado, 13 de março de 2010

Noite de sexta-feira

Eu já havia percebido o quanto as noites de fim de semana em São Paulo são movimentadas na época em que eu saía à noite. Mas desde que eu me vi envolta (por vontade própria =P) num casulo acadêmico, eu deixei de sair à noite com frequencia. Pra dizer a verdade, a última vez que eu saí à noite foi em dezembro passado, pro aniversário da Camila. Então virei espectadora, e hoje vi coisas muito interessantes.

terça-feira, 2 de março de 2010

Plágio é crime, Landmark!

Este caso já deve ser de conhecimento geral na blogosfera, mas eu não posso deixar de me manifestar sobre o assunto.

Há alguns dias eu li no Orkut, na comunidade Letras – USP, que a editora Landmark estava processando a blogueira Denise Bottmann por causa de um artigo publicado em seu blog, o Não Gosto de Plágio, onde ela, uma tradutora experiente, denuncia casos de plágio que encontra. Daí eu fui ver do que se tratava e, quando terminei de ler a notícia, senti a indignação correndo pelas minhas veias.

A tal editora Landmark, juntamente com seu diretor, sr. Fabio Cyrino (que assina a “tradução” dos livros citados por Denise no blog), entrou com um processo na Justiça contra Denise e contra Raquel Sallaberry, do blog Jane Austen em Português, pedindo uma indenização vultuosa por danos morais e materiais, querendo que o processo corresse em segredo de justiça (pra ninguém ficar sabendo, já que ambas não poderiam falar sobre ele), e ainda pedindo A IMEDIATA REMOÇÃO DOS BLOGS da internet, invocando um tal de “direito ao esquecimento” e com antecipação da tutela do mérito (ou seja, tirar o blog do ar antes de correr a ação).

Eu fiquei indignada, por ser blogueira, por ser estudante de Letras – futura tradutora de Goethe, hehe -  e por ser uma cidadã consumidora de livros. Ao mover a ação contra ambas, Denise e Raquel, a editora parece querer remover qualquer rastro que dê conta de que eles se utilizam da prática do plágio em suas edições. E como todos sabem, isso é crime, além de ser uma idiotice sem tamanho. E ainda, pra piorar, fere a liberdade de expressão das duas, num ato que eu só posso classificar como censura.

A Lulu, do Coruja em teto de zinco quente, escreveu um artigo sobre o assunto (Direito ao esquecimento), o qual eu recomendo a leitura para entender sobre esse tal direito ao esquecimento (e porque ele soa tão absurdo neste contexto). E também por meio do Coruja eu soube que há um manifesto de apoio à Denise no Petition online. Para quem quiser ler o manifesto e assiná-lo, é só clicar aqui.

Eu já assinei… =D

 

(Ps.: Pra entender direitinho como a Denise descobriu o plágio da Landmark, há um artigo sobre o assunto no blog criado por um grupo de pessoas em apoio a ela. O nome do artigo é Afinal, do que Denise Bottmann está falando?.)

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Star Wars e alguns conceitos literários

Nas aulas de Introdução aos Estudos Clássicos do semestre passado, o prof. Jorge de Almeida nos introduziu à analise de narrativas. Dentre estes conceitos, estavam os que eu citei na postagem anterior: verossimilhança, deus ex machina e suspension of disbelief. Este último, creio, foi um brinde do professor…
Para falar sobre eles, usarei como exemplo os filmes da saga Star Wars e algumas obras literárias.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Aviso: afastamento por conjuntivite

Gostaria de me desculpar com os leitores do Litteraria pelo hiatus dessa semana, e explicar o motivo.

No final de semana passado eu implantei um domínio próprio aqui no blog, e acredito que quem visita o blog deve ter estranhado minha ausência daqui durante a semana, já que eu ansiei por isso durante um tempo. Eu explico: eu peguei conjuntivite sabe-se lá onde, e meu olho doía que só. Eu não conseguia ficar por muito tempo na frente do notebook sem que meu olho ficasse irritado. Então eu optei por não esforçar demais o pobrezinho pra que eu pudesse me recuperar rapidamente.

Hoje ele está bem melhor, eu consegui acordar sem parecer um gato recém-nascido. E ele já não arde e nem dói tanto. Contudo, as minhas aulas começam na segunda-feira, e eu tenho um compromisso importante na quarta-feira da próxima semana (entrevista de estágio), e quero estar 100% para não fazer feio. Sendo assim, eu vou continuar afastada do blog até quarta-feira.

Na prática, isso quer dizer que as respostas aos comentários recebidos (obrigada! =D) e que ainda não foram respondidos serão feitas na quinta-feira durante o dia (já que eu vou estar na USP na quarta à noite), e até lá eu vou estruturar um artigo sobre verossimilhança, deus ex machina e suspension of disbelief. Estes termos são conceitos que eu aprendi nas aulas de IEL no semestre passado, e que grudaram no meu cérebro durante estes dias em que eu estava afastada do blog, especialmente depois que eu soube que um cidadão americano espatifou um monomotor no prédio da Receita Federal dos EUA em um protesto acerca dos impostos…

E desejo um bom “ano-novo” a todos – visto que o ano, de fato, só começa no Brasil depois do carnaval… ok, eu tinha que fazer uma piada sobre isso.

=D

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Mudando para um domínio próprio

O Litteraria tem mais uma novidade: a partir de hoje, o endereço do blog passa a ser www.litteraria.com.br.

Ebaaaaaaaaaaa, agora temos um endereço livre do blogspot! Hehehehe mas calma. O blog poderá ainda ser acessado pelo endereço antigo (litterarias.blogspot.com), pois o Blogger redirecionará para o novo domínio. Não sei se vai aparecer alguma mensagem de redirecionamento (eu testei e não apareceu nada), mas se aparecer, ela é normal. Só assusta um pouco, rs.

Aproveito para pedir aos parceiros que atualizem os links do Litteraria para este endereço novo.

E agradeço o apoio dos meus leitores. Saibam que eu não pensaria em nada para esse blog se não fosse por vocês.

=D

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Mudanças no blog…

Meus leitores me conhecem, sabem como eu sou perfeccionista. Ás vezes até chatinha. Mas é sempre por uma boa causa.

A boa causa, desta vez, foi o template novo. Eu tinha gostado bastante da adaptação que eu tinha feito no Minima Stretchy, mas de repente ele não me agradava mais. Parecia que faltava consistência; a impressão que eu tinha era de que ele ia deslizar tela abaixo.

Daí eu decidi mudar. Encontrei este que vocês estão vendo agora no BTemplates. Baixei, fui modificando algumas coisinhas, testando no blog de testes, e quando finalmente achei que estava perfeito, mudei aqui.

Sou perfeccionista, né? Tinha algo me incomodando, ainda. Com a ajuda dos blogueiros amigos, descobri um errinho nas margens entre os gadgets, e fucei no CSS do template até consegui arrumar…

O resultado é esse tema violeta, lindo! rsrs…

Já que mudei o template, resolvi implementar uma “novidade”. Disponibilizei a assinatura da newsletter do Litteraria. Chique, né? Como estou tentando profissionalizar o blog, achei que seria importante manter um canal de interação com os leitores. =D

E mais uma coisa: a partir de hoje, não vou mais postar com a letra em itálico. Eu sempre achei muito bonito quando via tudo escrito deitadinho, mas analisando criticamente, este estilo acaba por poluir o blog e prejudicar a leitura.

E é isso! Agradeço, aqui, ao Adelson (do Gerenciando Blog), ao Cerito (do Mensagens do Hiperespaço) e à Allana (do Luxiferia, mas eu estou certa de que ela vai brigar comigo pq eu postei o link aqui =P ) por terem me ajudado com opiniões e sugestões sobre o layout novo. Toda ajuda é sempre bem-vinda! =D

 

[P.S.:A próxima mudança que eu pretendo fazer é direcionar o blog para um domínio próprio… =P]

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Uma torta e um dedo mágico

Eu continuo caçando seriados pra assistir, e alguns dos que eu assisto passam no SBT de madrugada, no “Teleseriados”. O que tenho assistido com frequência se chama Pushing Daisies, ou “Um toque de vida” como foi traduzido para o português. Um doce de seriado, com algumas características dignas de Stephen King.

Os fatos são esses: o jovem Ned tinha 9 anos, 27 semanas, 6 dias e 3 minutos de vida quando descobriu, acidentalmente, que tinha o poder de ressuscitar os mortos. Seu cão Digby tinha 3 anos, 2 semanas, 5 horas e 9 minutos de vida quando foi atropelado. Ned se aproximou do cão e tocou-o, e então Digby levantou e saiu andando.

Ned tinha uma vizinha chamada Charlotte “Chuck” Charles, e ele gostava muito dela. Naquele mesmo dia, a mãe de Ned morreu enquanto fazia uma torta, e Ned a ressuscitou, com seu dom. Mas como o dom de Ned não tinha manual de instruções, ele não sabia quais seriam as consequências. Um minuto depois, o pai de Chuck caía morto em seu quintal. E mais tarde, quando a mãe de Ned o colocou na cama, ela o beijou e, com esse toque, morreu novamente. Para sempre.

O dom peculiar do garoto permitia que ele ressuscitasse qualquer coisa vivente, mas com duas condições:
-Um toque, e a coisa morta vive; outro toque, e a coisa ressuscitada morre para sempre.
-Se a coisa ressucitada sobreviver por mais de um minuto, outra coisa viva morre no lugar.

19 anos, 34 semanas, 1 dia e 59 minutos depois do enterro de sua mãe, Ned é um confeiteiro de tortas que possui uma loja de tortas, a Pie Hole. Ele tem uma ajudante, Olive Snook, que é perdidamente apaixonada por ele. E um, digamos, sócio. Emerson Cod é um detetive particular que havia descoberto o dom de Ned enquanto perseguia um fugitivo. E neste momento ele estava chamando Ned para solucionar o assassinato de uma garota. A sociedade de Emerson e Ned consistia em Ned ressuscitar as vítimas para saber quem as matou, Emerson prender o assassino e os dois rachavam a grana da recompensa. Mas a vítima deste assassinato não podia ter abalado mais o confeiteiro.

No necrotério Ned se deparou com sua antiga vizinha, Chuck, que aos 28 anos, 24 semanas, 3 dias, 11 horas e 51 minutos de vida, havia sido assassinada a bordo de um navio. Emerson queria solucionar o caso, o que incluía ressuscitar a garota por um minuto e então deixá-la morta em paz, mas Ned não conseguiu matar a garota de vez. Assim, Chuck reviveu, mas Ned nunca mais poderia tocá-la novamente.

E então os quatro passam o tempo solucionando casos de assassinato, enquanto Ned toca a Pie Hole agora com a ajuda de Chuck.

Este jeito peculiar de descrever a idade das pessoas faz parte da narrativa do seriado, e é uma coisa tão estranha que talvez o seriado não fosse tão engraçado sem ela. O fato de Ned e Chuck não poderem se tocar torna-se o mais bizarro caso de amor platônico, com algumas maluquices a mais. Chuck usa papel celofane para poder beijar Ned, e Ned instala uma placa de acrílico em seu carro, com uma luva acoplada, para poder alcançar a mão de Chuck. Olive acaba fazendo amizade com as tias de Chuck, sem contudo revelar-lhes que a sobrinha está viva. E Emerson tricota para se livrar do stress decorrente de ter que aceitar a “garota morta”, como ele a chama, como ajudante.

A série infelizmente foi cancelada no fim da 2ª temporada, provavelmente por causa da greve dos roteiristas que aconteceu em 2008. O que foi uma pena, pois esse seriado é legal. Eu não assisti as duas temporadas completas, continuo esperando as terças-feiras pra poder assistir os episódios (nesta semana passou o 6º episódio da 1ª temporada), e por mais que o roteiro seja meio bobo, as “aventuras” de Chuck, Ned, Emerson e Olive são engraçadas de se ver.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Fanzine Libélula – Parte 4

Dando continuidade ao artigo Fanzine Libélula – Parte 3, ainda sobrava um restinho de fôlego nos editores do fanzine. Nós estavamos juntos ainda no propósito de fazer o zine, mas, passados quase 4 anos desde o lançamento do nº1, as coisas iam ficando mais complicadas com o passar do tempo.


domingo, 24 de janeiro de 2010

Post de teste e reflexões…

Resolvi dar uma segunda chance ao Windows Live Writer, e agora estou postando diretamente do Toy. No blog de teste (todo blogueiro deve ter um, rsrs) deu certo, e agora estou postando aqui no Litteraria. Agradeço ao Adelson, do Gerenciando Blog, que sempre está disposto a dar uma mãozinha pra nós… =D

Vamos às reflexões.

Eu fico titubeando pra escrever aqui no blog porque eu quase nunca acho que tenho algo interessante a dizer. Mas depois de passear por alguns blogs amigos (estes que ficam aqui do lado), percebi que os autores fazem as melhores postagens depois de uma certa pesquisa. A Lulu, do Coruja em teto de zinco quente, sempre escreve posts ótimos e geralmente ela pesquisa bastante antes de escrever algo.

Outra coisa que me chamou a atenção foi a saga Avalon, da Marion Zimmer Bradley. Os quatro volumes de “As Brumas de Avalon” saíram depois de 20 – sim, vinte – anos de pesquisas sobre o tema. E um outro livro que eu reli recentemente – Anjos e Demônios, do Dan Brown – também deve ter levado um pouco de tempo pra ser escrito.

Daí eu me senti uma preguiçosa…

Eu faço Letras na USP, como todos os leitores do blog já devem estar cansados de saber, rs. E a primeira coisa que uma graduanda em Letras deve saber fazer é pesquisa. E eu tive que aprender de novo. Uma das coisas que eu mais fazia no colégio era copiar os trabalhos de alguma fonte qualquer e pronto. Vergonhoso, né? Até que eu descobri que não é assim que se faz um trabalho decente. E pronto: na primeira pesquisa de verdade que eu fiz na minha vida, eu tirei 9,5. Santa Maria Clara, professora de IELP I. Depois de mais uma boa nota em outra pesquisa (dessa vez em IEL II, nota 9), eu entrei em férias da faculdade. E putz, a preguiça bateu. Rsrsrs…

Essa era uma das coisas em que eu estava pensando em Curitiba. Que meleca de acadêmica eu estou me tornando? Bem, ser acadêmica não tem quase nada a ver com postar no Litteraria, mas eu percebi que, me empenhando em me tornar uma boa pesquisadora, eu vou conseguir escrever melhor. Ou vice-versa: me empenhando em escrever artigos bons aqui no blog, eu me tornarei uma boa pesquisadora.

O que me lembrou um dos posts que eu li no Info-Macross uma vez. O nome do post era Não seja preguiçoso!!! Escreva bons artigos!. Eu li esse post de madrugada, e no outro dia eu já tinha esquecido tudo… mas me lembrei que tinha lido algo sobre. E encontrei de novo. (Aliás, o Info-Macross é um ótimo blog, eu recomendo a leitura!)

Pra coroar a retomada de pesquisas (rs), peguei o sr. Gilmar como inspiração. Meu pai é uma enciclopédia ambulante em assuntos de aviação. Ele trabalhou na Varig na década de 80 e acho que não tem nada que eu pergunte pra ele sobre aviões que ele nao saiba responder. E história, também. Ele sabe um mundo de coisas sobre a Segunda Guerra Mundial. E ele nem tinha vontade de virar acadêmico…

(adendo: se eu não fizesse Letras, provavelmente seria cadete da Aeronáutica, ou Engenheira Aeronáutica, por influência dele…)

Ok, depois desse texto enorme, vem a pergunta de um milhão de reais: sobre o que eu vou começar a escrever/pesquisar? A resposta certa a essa pergunta é: não sei ainda. Mas como eu disse pra Allana, a vontade de fazer coisas é um bom começo. Vide o Libélula… aliás, estou devendo o artigo sobre o Libélula 4, ele vai ser postado em breve.

Vou reler o artigo da Sandra no Info-Macross e pensar. Depois pesquisar e depois escrever. E dar graças por Curitiba ser uma cidade tão tranquila que me faz refletir sobre coisas boas…

sábado, 23 de janeiro de 2010

Há algo de estranho em São Paulo, E a culpa também é minha...

Quando eu estava em Curitiba eu acompanhei pela televisão a situação da cidade de São Paulo no que concerne às típicas chuvas que tomam os meses do Verão. Mas eu não imaginava que eu ia ver de perto, de novo, todo o caos em que a cidade emerge, literalmente, depois de uma tempestade.

Eu voltei de viagem na quinta-feira. Peguei o ônibus em Curitiba eram 0h20m. Minha mãe havia me alertado sobre as chuvas na madrugada que eu já tinha visto pela tv, mas eu calculei que chegaria em São Paulo depois do temporal.

Passei pela Cidade Universitária eram 7 da manhã. E eu devia ter descido lá, quando o motorista perguntou se alguém desembarcaria.

Eram mais ou menos 7 e meia quando o ônibus chegou ao braço de acesso ao Cebolão, a famosa interligação entre as Marginais Tietê e Pinheiros, composta por viadutos e pontes. Este complexo viário também permite acesso à Rodovia Castelo Branco. Considerando o trânsito normal da cidade, o ônibus certamente pararia ali por alguns momentos. Mas, cerca de 15 minutos depois, o motorista dirigiu-se a nós, dizendo que os rios haviam transbordado, estava tudo alagado e não tínhamos previsão de chegada ao Terminal Rodoviário do Tietê. Estávamos, literalmente, presos diante de um alagamento gigante.

E eu estava atrasada pra chegar em casa, visto que minha mãe e meu pai esperavam que eu chegasse em casa até umas 9 da manhã.

As cenas que eu via pela janela do ônibus eram as mesmas que eu já tinha visto pela televisão um monte de vezes: pessoas andando pra longe do alagamento, lotando os pontos de ônibus, esperando que pudessem chegar ao trabalho ou voltar pra casa.

Depois de mais 15 minutos de espera, e tendo o ônibus avançado cerca de cinco metros, eu pedi para o motorista abrir a porta do ônibus e desci numa Av. Gastão Vidigal completamente congestionada. Saí procurando um orelhão pra ligar pros meus pais e avisar que eu estava bem, apesar de não saber a que horas chegaria em casa. Então procurei uma estação de trem ou metrô que fosse próxima. Por sorte, havia ali perto a estação Imperatriz Leopoldina, que faz parte da linha Itapevi - Julio Prestes, e esta linha não havia sido afetada pela enchente. Peguei o trem sentido Julio Prestes e desci na Barra Funda. Um mar de gente desceu comigo, e todos nós fomos em direção ao metrô. Peguei a linha Palmeiras/Barra Funda - Corinthians/Itaquera e desci no metrô Sé, no centro de São Paulo. Avisei aqui em casa que já estava a caminho, e dali peguei o ônibus que vem aqui pra rua de cima da minha casa. Cheguei em casa às 11 e meia, com minha mãe dando graças por eu estar pelo menos seca...

Agora, por que eu disse ali no título que a culpa também é minha?

Antes de explicar, eu quero dizer que eu não gosto do prefeito de São Paulo, o sr. engenheiro civil e economista Gilberto Kassab, e não acho legal ele chegar na mídia e dizer que "está tudo sob controle", quando dá pra ver claramente que não está. Mas eu seria hipócrita se eu dissesse que tudo o que acontece de errado na cidade é culpa da administração dele. No caso das enchentes, em específico, a culpa também é minha, e da população de São Paulo em geral.

Enquanto eu vinha em direção à minha casa, passei pela Avenida do Estado. Ali no meio passa o rio Tamanduateí, que quase sempre enche. Ele também transbordou naquela madrugada, e quando eu passei por lá ele já tinha voltado ao leito. Mas sabem o que mais tinha nas margens elevadas do rio?

Lixo.

Por que as ruas alagam? Porque a água não consegue escoar pelos bueiros. E por que a água não escoa? Porque os bueiros estão mais pra depósitos de lixo do que para escoadores de água.

E não dá pra dizer que não há orientação por parte da prefeitura para evitar esta situação, pois há lixeiras espalhadas pela cidade e o caminhão da Limpurb passa três vezes por semana coletando lixo. Mesmo assim, todos os dias as pessoas jogam todo o tipo de coisas nas ruas. Quem já não se pegou amassando um papel de bala e jogando no meio-fio? Ou jogando pontas de cigarro no chão, depois de poluir o ar com a fumaça (observação:
mea culpa, nessa parte. Quando eu fumava eu fazia exatamente isso, e eu peço perdão à mãe Natureza por isso...)? Daí a conclusão que não dá pra colocar a culpa só no Kassab. A culpa também é nossa. Sabemos que plástico e latas levam milhares de anos pra se decompor, e o papel em contato com a água forma umas bolas gosmentas que até se decomporem, entopem tudo o que tem buracos. E também sabemos que rua e rio não é lugar de se jogar lixo. Então, que hipocrisia é essa que toma a população da cidade quando os rios transbordam e alagam tudo ao redor? Digo novamente: a culpa também é nossa, também é minha.

É muito fácil xingar o prefeito, mas como dizia o V, no filme V for Vendetta, "se quisermos encontrar os culpados, basta olharmos no espelho".

Não vou abordar aqui o fato de as marginais e avenidas estarem em áreas de várzea de rios, pois isso certamente é um erro estrutural, mas o planejamento e construção destas marginais e avenidas é anterior até ao meu nascimento. E isso não é algo que possa ser mudado imediatamente. O que precisa ser mudado é o modo como encaramos a cidade, como uma grande lata de lixo, que transborda toda vez que chove um pouco mais forte... E em vez de ficarmos sentados esperando a água baixar, se parássemos de agir como se não nos importássemos com a limpeza da cidade, talvez não tenhamos que encarar mais uma vez a cidade debaixo d'água por causa do lixo que nós mesmos jogamos nas ruas.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Aviso de férias...férias? rsrsrs

Gente, tou indo pra Curitiba ver o meu pai e descansar um pouco. Não vou levar o Toy (é, pois é, eu coloquei nome no meu notebook...) comigo, então provavelmente vou ficar sem internet por uns dias. Vou escrever no bom e velho sistema papel-e-caneta. E prometo voltar mais animada! =D

(estreiando o blogger in draft, essa coisa ficou uma graça!)

domingo, 10 de janeiro de 2010

Bacharelado em Alemão, aí vamos nós!

Eu sei que o meu desempenho na faculdade no semestre passado foi digno de vergonha, mas ainda assim, eu aumentei a minha média. E graças a um hacker do Orkut (hehe) eu vi hoje o resultado da classificação do ranqueamento para as habilitações em língua estrangeira. Eis abaixo a minha classificação:
Curso: Bacharelado - Habilitação: Alemão (8051 / 504)
Vaga: 13
Opção: 1
Classificação: 258 dentre a Letras - Ciclo Básico (8051 / 104)
Média: 7.500
Considerando que Alemão - Noturno tem 40 vagas (Noturno porque eu entrei pra estudar à noite, mas mudarei isso dia 22), eu venho anunciar aos leitores do Litteraria que eu cursarei a habilitação em Língua Alemã a partir deste ano.

Yay, eu consegui!!!!! =D

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

O cúmulo do "nerd way of life" num seriado...

Holy crap, abandonei o meu blog!

Isso acontece com uma certa frequencia quando eu me foco em alguma coisa nova. Não fiz nenhum projeto ainda, só andei vendo um seriado por três dias seguidos. O nome dele é The Big Bang Theory.

Eu já tinha ouvido falar desse seriado, na verdade eu ouço falar de um monte de seriados, mas como não tenho tv a cabo acabo assistindo o SBT de madrugada. Mas enjoei de ver Cold Case (que é o meu favorito no Teleseriados, depois que Veronica Mars acabou) porque começaram a exibir reprises. Então saí caçando na internet e me deparei com The Big Bang Theory.
Como eu disse acima, não tenho TV a cabo, então procurei os episódios pela internet (observação: essa prática é condenável, mas eu não tive escolha, portanto, me perdoem...). E durante três dias eu me aventurei a baixar/ver o seriado, que está em sua terceira temporada.

The Big Bang Theory é uma sitcom que narra o cotidiano de Leonard e Sheldon, dois físicos teóricos que trabalham como pesquisadores em uma universidade. Seria chato se eles não fossem a personificação do estereótipo nerd. Leonard usa óculos, tem intolerância à lactose e tem em seu banheiro um shampoo do Darth Vader e um condicionador do Luke Skywalker. Sheldon, por sua vez, entrou na faculdade com 11 anos, é incorrigivelmente lógico (não à toa seu personagem favorito é o Dr Spock, da saga Star Trek) e aparentemente não dá a mínima pra humanas do sexo feminino. Completam a trupe Howard, um engenheiro que possui "apenas" um mestrado - sendo ridicularizado pelos amigos doutores por isso - e é mulherengo, apesar de ser um típico "pega-ninguém" e Rajesh, um astrofísico indiano que só consegue falar com mulheres (e homens afeminados, por sinal) quando está sob efeito de bebidas alcóolicas ou algum tipo de ansiolítico.

E tem a Penny. A Penny é uma "simples" garçonete que se muda pra Los Angeles com planos de se tornar atriz e acaba indo morar no prédio onde Leonard e Sheldon moram. Leonard se apaixona por ela e Sheldon, pra variar, a ignora como "ser pensante". E como todo bom nerd, Leonard se dá mal algumas vezes...

Os diálogos são todos cômicos, misturando ciência, quadrinhos, videogame, sci-fi, sarcasmo, trocadilhos e o Howard tentando se dar bem. A ambientação da sitcom se divide entre o apartamento dos garotos, o apartamento de Penny, os restaurantes que o quarteto frequenta, a loja de quadrinhos e o refeitório da faculdade - que me lembra muito o bandex da USP, em termos de nerdisse, lol -, além dos quartos de Howard e Rajesh às vezes.

Eu não entendo nada de Física, mas adorei o seriado. E enquanto eu gargalhava com o Sheldon e seu peculiar trato com as pessoas, eu lembrei que com 12 anos eu era um toco de gente insuportavelmente explicante - não conseguia deixar nada passar por mim sem uma explicação embasada articulada por mim mesma - e entendi, finalmente, por que eu tenho o rótulo de nerd desde esta idade. Pelo menos hoje eu gosto de ser identificada como uma...